O mercado da tecnologia está crescendo cada vez mais. E, diante das expressivas transformações que ele vem causando, um número igualmente grande de pessoas passou a ter mais interesse em trabalhar com programação.
Se você é uma dessas pessoas, este conteúdo foi pensado exclusivamente para você. Neste texto, falaremos um pouco mais sobre o mercado de programação, quais competências são necessárias para ingressar nele e daremos 3 dicas para começar a trabalhar com programação. Confira!
O que é programação?
De maneira bem simples, podemos dizer que a programação é a atividade de elaboração, escrita e teste de um código que faz rodar um determinado programa. Ou seja: é a programação que faz funcionar máquinas e aparelhos automatizados, cujos comandos são enviados por um computador.
Nesse sentido, a programação é o trabalho do programador, pessoa responsável pela criação do chamado “código fonte”. A programação pode ser feita em diferentes linguagens e ter diferentes objetivos. Por isso, é importante saber como aprender a programar.
Alguns exemplos de tipos de programação são:
- Front-end: parte da programação que lida com o código “visível”, ou seja, que também se preocupa com a experiência do usuário, o design, HTML etc.
- Back-end: parte da programação que lida com servidores, isto é, com o que fica “escondido” e faz o código rodar sem complicações.
- Mobile: parte da programação que tem como foco o desenvolvimento de códigos para aparelhos móveis, como é o caso dos telefones celulares.
Além de saber em qual área atuar, um programador também deve dar atenção à linguagem de programação que será utilizada por ele. É por meio dessa linguagem que serão elaborados softwares e programas e, portanto, cada tipo de programação terá uma linguagem mais adequada.
No entanto, não se preocupe: a diferença entre linguagens, por maior que seja, é meramente prática. Uma vez aprendida a lógica da programação, você conseguirá migrar entre as linguagens com maior facilidade.
O que tenho que estudar para trabalhar com programação?
Antes de começar a trabalhar com programação, é preciso ter em mente que a profissão do programador não é regulamentada e não exige curso superior na área. Isso faz com que ela seja mais abrangente para o público em geral, especialmente para quem quer fazer uma transição de carreira.
Isso significa também que não é necessário fazer uma graduação em áreas relacionadas. No entanto, passar por essa etapa pode tornar o seu ingresso no mercado de trabalho mais simples e o seu salário inicial mais alto.
Alguns cursos que você pode fazer para ser um programador são:
- Ciência da computação;
- Engenharia da computação;
- Tecnologia da informação;
- Análise e desenvolvimento de sistemas.
Se você já passou pela graduação e quer saber quais conhecimentos são essenciais para que você seja um bom programador, preparamos uma pequena lista com alguns deles. Confira!
- Lógica;
- Matemática avançada;
- Noções básicas de informática (software e hardware);
- Infraestrutura de TI;
- Experiência do Usuário.
É claro que alguns desses conhecimentos serão mais úteis que outros, a depender da área da programação em que você deseja ingressar. No entanto, todos eles têm a sua importância quando o assunto é estudar para ser um programador, então é importante não deixá-los completamente de lado.
Quais as principais competências para trabalhar com programação?
Embora o aprendizado na programação seja constante, um programador precisa ter algumas competências e habilidades. A Sirius elaborou a lista abaixo, com dicas de desenvolvimento pessoal para que você tenha sucesso ao trabalhar com programação. Continue a leitura!
1. Resolução de problemas
Esta é a função principal de um programador. Saber como enfrentar e resolver desafios diariamente, usando o mínimo possível de recursos e energia, fará com que você elabore códigos mais limpos, mais concisos e mais eficientes.
Além disso, permitirá um bom relacionamento entre o setor de desenvolvimento e os demais setores da empresa.
2. Capacidade de analisar dados
Para ser um bom programador, é preciso compreender dados complexos, enviados a você por diferentes setores de uma empresa. Você precisará entender o contexto de uma situação, as necessidades do usuário e as ferramentas disponíveis para elaborar uma solução específica.
No entanto, nem sempre essas informações serão fornecidas de forma qualitativa, através de estudos das dores da pessoa usuária, por exemplo. Pode ser que esses dados sejam entregues de forma quantitativa, cabendo a você organizá-los e compreendê-los.
Além disso, algumas áreas da programação são completamente focadas em dados. Desse modo, ser capaz de analisá-los é uma exigência básica.
Leia também: Guia completo sobre ciência de dados: entenda o que é, qual sua importância e o que estuda
3. Comunicação clara
Ao contrário do que se imagina, o programador não é uma pessoa que lida apenas com computadores. Na verdade, é muito comum que o seu trabalho envolva uma comunicação frequente com outros times e equipes da empresa.
Isso porque a programação depende de informações que são dadas pelos times de negócios, de design ou mesmo de produto. Além disso, também não é raro que o programador precise explicar problemas ou decisões para pessoas que não estão habituadas a lidar com código.
Daí a necessidade de uma comunicação clara, objetiva e direta. Sem contar que essa habilidade também favorece a elaboração de códigos mais limpos.
4. Noções básicas de inglês
Não há muito para onde fugir: se você quer aprender programação, será necessário desenvolver pelo menos o básico do inglês. Isso porque os códigos e as linguagens são, em geral, feitas nessa língua. Além disso, muito do material disponibilizado atualmente está em inglês, graças ao caráter universal desse idioma.
Se os seus conhecimentos são muito iniciais, não se preocupe: não é necessário investir em grandes cursos ou ser fluente. Foque em aprender todos os dias um pouquinho e vá se habituando às palavras conforme o seu dia a dia exigir.
O que estudar primeiro na programação?
Para começar a estudar programação, o mais recomendado é que o aluno se dedique primeiro à lógica de programação. Isso porque será esse conhecimento que determinará todas as ações de um programador.
Para entender melhor como a lógica de programação funciona, basta imaginar um cenário em que você deseja solucionar diversos problemas de forma automatizada e simples. Para saber qual caminho o código deve percorrer para resolvê-los, você precisa compreender a lógica por trás desse mesmo código.
Isso significa identificar possíveis problemas, além de determinar quais fatores devem ser priorizados pelo programa. Para que isso aconteça de maneira rápida e eficiente, é necessário ter clareza sobre a lógica que esses programas devem seguir para funcionar.
Uma vez dominada a lógica de programação, você pode partir para outros conhecimentos, como linguagens específicas e exercícios mais práticos. Saber a base da programação faz com que a transição entre linguagens e entre tarefas aconteça de maneira simplificada, rápida e eficiente.
Qual a melhor linguagem para começar a programar?
A melhor linguagem para começar é sempre a mais simples. Ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, isso não significa começar pelas mais famosas. Linguagens como JavaScript e C# são bastante conhecidas no mercado, mas também podem ser complexas para quem ainda está começando.
Um exemplo de linguagem bastante simples e recomendada por programadores para começar a programar é a Phyton. Ela possui:
- código aberto e gratuito;
- bibliotecas extensas;
- código portátil, isto é, que pode ser usado em diferentes sistemas operacionais.
Aprendê-la também é mais fácil porque a própria documentação do código Phyton está disponível gratuitamente na internet. Assim, pode ser acessada a qualquer momento, por qualquer pessoa falante de inglês.
Quais são as áreas da programação?
As áreas da programação são definidas de acordo com as linguagens e os objetivos de cada programador. Isso significa que, para atuar em diferentes áreas, são necessários diferentes conhecimentos.
Listamos, abaixo, algumas dessas áreas e suas principais funções. Confira!
- Programação para desktop: essa é a área mais focada em usabilidade e performance de programas. Nela, o programador terá como foco toda a máquina usada, e não só o código de um programa.
- Programação mobile: aqui, o programador será responsável pelo desenvolvimento de aplicativos que serão usados em aparelhos móveis, como smartphones e tablets.
- Análise de dados: esta área é recomendada para quem gosta de números, planilhas e estatística. O foco é analisar e organizar dados em um dashboard específico, auxiliando na tomada de decisão estratégica.
- Design: para quem gosta de trabalhar com web e também prefere focar na experiência do usuário, a área da programação ligada ao design pode ser interessante. Esse programador terá mais contato com as áreas de publicidade e marketing.
Qual área de programação paga mais?
A área de programação mais bem paga atualmente é a que exige conhecimentos de linguagem Elixir, GO e Scala. Essas são linguagens relativamente recentes e que têm alta performance. Os seus salários ficam por volta de 11 mil reais mensais.
Logo abaixo delas, está uma linguagem um pouco mais conhecida: a iOS. A linguagem do sistema operacional dos computadores Apple tem uma média de salário de R$10.500,00 mensais.
No entanto, ainda que você deseje trabalhar com outras linguagens, tenha em mente que a média salarial de um programador no Brasil é cerca de 5 mil reais. O tempo de atuação, a empresa e a área podem interferir nesses números, mas, de modo geral, é um mercado que está aquecido e que, portanto, tem muito a oferecer.
Quais profissões envolvem programação?
Atualmente, quase todas as profissões disponíveis no mercado envolvem ou podem envolver conhecimentos de programação. No entanto, ainda é mais comum que programadores, desenvolvedores e engenheiros de software trabalhem em empresas profundamente ligadas à tecnologia.
Alguns exemplos de profissões que envolvem programação são:
- Engenheiro de softwares;
- Desenvolvedor de jogos digitais;
- Programador web e mobile;
- Cientista de dados;
- Técnico em informação.
No entanto, tenha em mente que, hoje, você pode aprender a programar para trabalhar nos mais diversos campos. Desde a área da saúde até o mercado educacional estão contando cada vez mais com soluções tecnológicas e processos automatizados.
Por isso, se você quer programar para trabalhar em uma área diferente das tradicionais, não desanime! O espaço para programadores vem crescendo diariamente e pode ser que você consiga ingressar no mercado atuando em funções que sequer existem hoje.
Como é trabalhar com programação?
Para trabalhar com programação, o programador não precisa comprovar nenhum tipo de graduação ou curso técnico. Além disso, ele pode ser contratado tanto na modalidade CLT, quanto como programador freelancer.
No início da carreira, a rotina de um programador envolve a orientação de um coordenador ou de um colega de equipe mais experiente. São realizadas tarefas com nível de complexidade mais baixo, que vão se tornando mais elaboradas conforme o programador avança nos seus conhecimentos.
O dia a dia de quem trabalha com programação é dividido entre momentos de elaboração do código — ou seja, da programação de fato — e de reuniões de alinhamento e correção com outros times da empresa. Os programadores estão, em geral, sempre próximos dos setores de design, produto e comercial.
Também é importante que um programador esteja em constante aprendizado, não só da sua linguagem, mas da programação como um todo. Isso porque a tecnologia se reinventa com frequência e os conhecimentos adquiridos podem se tornar obsoletos ou ultrapassados rapidamente.
3 dicas para começar a trabalhar com programação
Aprender a programar é uma tarefa que pode ser feita com certa facilidade. Mas, ao contrário do que se fala, começar a trabalhar com programação não é tão simples.
Pensando nisso, a Sirius elaborou 3 dicas para que você ingresse na área de programação com mais facilidade. Confira!
1. Foque nos estudos
Ainda que a programação não exija uma graduação, é necessário ter conhecimentos na área para começar a trabalhar com programação. Por isso, dê prioridade aos seus estudos.
Faça cursos gratuitos, consuma bastante conteúdo e, se possível, invista em mentorias e cursos pagos também. E, claro, não se esqueça de colocar em prática tudo o que aprender.
2. Participe de bootcamps e hackathons
Os bootcamps e hackathons são excelentes oportunidades de adquirir conhecimento de forma rápida e também de provar o que você já sabe fazer. Esses eventos também promovem uma maior integração com outras pessoas da área, o que pode ser importante quando você quer começar a trabalhar com programação.
Por isso, não tenha medo de investir o seu tempo e esforço nessas atividades. Procure grupos, faça contatos e esteja disposto a colocar a mão na massa sempre que possível.
3. Tenha um portfólio
Ao contrário do que as pessoas imaginam, não é necessário já estar na área de programação para começar a criar o seu portfólio de desenvolvedor. Afinal, para ganhar espaço e começar a trabalhar como programador, é preciso mostrar o que você sabe fazer.
Na internet, você pode encontrar diversos desafios de programação diferentes, o que possibilitará a criação de um portfólio diverso. Por isso, use esses conteúdos a seu favor e invista seu tempo na criação de um material interessante!
Agora que você já sabe tudo o que precisa para trabalhar com programação, entenda como começar do zero e aprender a programar!