Saiba por que, como e quando fazer uma transição de carreira

Não é incomum encontrar pessoas infelizes com as suas carreiras. E essa insatisfação pode ser causada por diversos motivos, desde falta de motivação até um entendimento mais profundo de que aquela profissão não corresponde às expectativas criadas inicialmente.

Quando o sentimento de não pertencimento a uma empresa ou a uma profissão começa a ser recorrente, talvez seja hora de considerar a transição de carreira. Neste texto, te contamos como passar por esse processo e quando é hora de começar a procurar a recolocação. Confira!

O que é transição de carreira?

A transição de carreira acontece quando um profissional decide mudar a sua área de atuação. Como mencionamos, esse processo pode ter início a partir de diversos motivos, e não é tão simples quanto parece.

Por um lado, essa pode ser uma decisão consciente de um trabalhador. Nesses casos, é comum que ele se sinta desmotivado, estagnado ou simplesmente infeliz na sua função atual. Por isso, decide mudar de rumo e começar a trabalhar em outras áreas.

No entanto, também é possível que a transição de carreira aconteça por uma imposição do mercado de trabalho. Falta de boas oportunidades de emprego, a alta competitividade e a dificuldade para encontrar vagas são alguns dos motivos que levam profissionais diversos a buscar outras carreiras.

Além disso, a transição não necessariamente se dá entre áreas afins. É bastante comum que profissionais busquem profissões que pouco tem a ver com a sua área de atuação inicial, especialmente hoje em dia, quando novas profissões surgem a todo o momento.

Por que fazer uma transição de carreira?

De modo geral, para decidir fazer uma transição de carreira, é comum que o profissional esteja bastante insatisfeito com as condições de trabalho atuais. Alguns dos motivos mais comuns para que ela aconteça são:

  • um ambiente de trabalho pouco interessante;
  • poucas ou nenhuma chance de crescimento pessoal e profissional;
  • pouca ou nenhuma valorização no mercado ou na empresa;
  • baixos salários; e
  • insatisfação com as ações do dia a dia.

Se você se encontra em algum desses cenários, ou se apenas sente que é hora de mudar os rumos da sua vida profissional, então vale considerar fazer uma transição de carreira.

É claro que este não é um processo simples, e talvez você encontre alguns desafios. Mas também é importante manter em mente que a sua profissão deve ser algo que te faz se sentir realizado e satisfeito, e não estressado, infeliz e desvalorizado.

Qual é a hora certa para fazer uma transição de carreira?

A verdade é que não existe uma hora certa para apostar na transição de carreira. Esse processo é bastante delicado e precisa ser pensado com calma, antes de ser feito de verdade.

Para saber se está na hora de investir nessa mudança e começar a procurar realocação, você pode fazer o seguinte:

  • Pense nos problemas que você anda tendo. O quão profundos eles são? Você pode resolvê-los sozinho, ou eles envolvem questões além do seu controle?
  • Pense na sua área de atuação. Ela ainda te faz feliz? Você gosta das ações que executa, mesmo que tenha insatisfações pontuais? É uma questão de carreira ou é uma questão do ambiente onde você está?
  • Pense no seu contexto atual. Você pode arcar com os desafios emocionais e financeiros de lidar com uma transição de carreira? Você tem apoio para tomar essa decisão? Você se sente seguro?

Depois de analisar essas questões com calma, você provavelmente saberá se está na hora certa de fazer uma transição de carreira. E, se a resposta for positiva, você poderá começar a planejá-la.

Como planejar uma transição de carreira?

Antes de mudar definitivamente de carreira, existem algumas precauções que podem ser tomadas. Elas ajudarão a fazer com que esse processo seja menos estressante e aconteça em um momento mais adequado. 

Uma dica é levar em consideração os motivos pelos quais a mudança está sendo considerada e se a nova carreira fará com que esses problemas sejam resolvidos. 

Por exemplo, se você está tendo problemas específicos na sua carreira, como a desmotivação ou a falta de vontade de realizar tarefas cotidianas, tenha certeza de que elas ficarão para trás depois da transição de carreira. 

Também é importante manter em mente que uma reserva financeira é importante durante esses processos. O início em uma nova carreira pode significar salários menores, pelo menos enquanto você pega o jeito da nova profissão. Por isso, um dinheiro reservado pode vir a calhar.

Quais são os tipos de transição de carreira?

Em geral, existem 3 tipos de transição de carreira. Abaixo, falaremos um pouco mais sobre cada um deles. Confira!

1. Transição inicial

Neste tipo de transição de carreira, o profissional se mantém na mesma área de atuação, mas tem uma mudança de postura. Nesse sentido, ele transforma a sua forma de agir ou o seu estilo de atuação.

Por exemplo: imagine um profissional autônomo que está constantemente sobrecarregado. Nesse tipo de transição, ele pode tanto buscar uma mudança de postura (aumentar o valor do seu serviço e diminuir a lista de clientes) ou uma mudança de estilo (deixar de ser autônomo e passar a trabalhar como CLT, tendo tarefas mais bem definidas).

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2. Transição parcial

Neste caso, o profissional realiza uma transição de carreira que ainda leva em consideração a sua bagagem pessoal e a sua experiência na área. Assim, pode usar alguns dos seus conhecimentos no novo trabalho.

É o que aconteceria, por exemplo, se um profissional de Engenharia da Computação decidisse começar a trabalhar com Programação. Vários dos conceitos estudados ainda seriam aplicáveis e a sua trajetória seria válida durante a realocação.

3. Transição total

Neste tipo de transição de carreira, o profissional muda radicalmente a sua área de atuação. Imagine, por exemplo, um professor que decidiu começar a trabalhar no setor administrativo. 

Nesses casos, a transição pode ser mais demorada e mais desafiadora, uma vez que a bagagem profissional do trabalhador não terá muito peso na nova carreira. No entanto, esse processo não é impossível e é, na verdade, bastante comum.

Quais são os mitos da transição de carreira?

O processo de transição de carreira pode ser bastante assustador para os profissionais e não está isento de desafios. No entanto, existem alguns mitos que o tornam ainda mais complicado e que podem impedir que as pessoas efetivamente façam essa mudança.

Para que você não corra o risco de desistir de um passo importante, a Sirius Educação separou os 3 maiores mitos da transição de carreira. Confira abaixo!

1. A ideia de “jogar fora” as experiências e conquistas atuais

Antes de mais nada, é imprescindível manter em mente que ninguém perde o tempo e as vitórias quando decide fazer a transição de carreira. Isso porque, ainda que a sua transição seja total, os seus aprendizados e sucessos são seus e continuam contando, mesmo em outras empresas.

A sua bagagem pode não ser aplicável na sua nova profissão, mas isso não significa que ela não permitiu um grande desenvolvimento — pessoal e profissional. Durante o seu processo de realocação, essas conquistas e experiências servirão para que o seu futuro empregador saiba como pode contar com você.

Imagine, por exemplo, que você tem formação em Engenharia, mas deseja começar a trabalhar com Nutrição. Os temas podem ser diferentes, mas você saberá como:

  • acompanhar dados em softwares;
  • lidar com uma grande quantidade de informações;
  • fazer cálculos complexos;
  • criar um plano de ação que deve ser seguido.

E muito mais! Por isso, tenha sempre em mente como você cresceu e se desenvolveu, e como isso pode ser aplicado durante a sua transição. Use esses elementos a seu favor!

2. O salário vale mais do que a satisfação profissional

Nós não vamos ser hipócritas: é claro que um bom salário é importantíssimo. Contudo, sozinho, ele não pode sustentar um emprego — muito menos uma carreira! Ainda que você ganhe bastante hoje, o seu desempenho e a sua vontade de trabalhar se tornarão cada vez menores. 

Além disso, um profissional motivado e satisfeito com as suas tarefas tem muito mais chances de crescer dentro da sua carreira e conquistar um salário condizente com as suas expectativas. Procurar a transição de carreira, nesse sentido, pode ser uma maneira de você ser notado e valorizado pelo seu trabalho.

Por isso, não limite as suas opções a quem paga mais. A sua saúde mental pode ficar seriamente comprometida e você pode acabar tendo problemas mais graves do que um salário um pouco mais baixo. Estar feliz e empolgado deve, sim, ser a sua prioridade.

Se você não pode realizar essa troca por questões econômicas, avalie a possibilidade de montar uma reserva de emergência ou de cortar gastos. Outra dica é ganhar bastante experiência teórica e, se possível, conciliar as duas carreiras, pelo menos por um tempo. Assim, as chances de você conseguir um salário mais alto logo de cara são maiores.

3. Não tenho conhecimentos o suficiente para mudar de carreira

Esse talvez seja o maior mito quando o assunto é a transição de carreiras. Isso porque nós criamos a ilusão de que, para mudar de área, precisamos ser especialistas no novo campo de atuação. Ou precisamos, pelo menos, ser tão bons nele quanto somos no atual.

A razão principal para que isso seja um mito é que ninguém nasce sabendo tudo. E algumas habilidades só são desenvolvidas depois de um pouco de prática. É evidente que, se você está mudando de carreira, não terá todos os conhecimentos necessários — e tudo bem!

Parte desse processo requer a humildade de admitir que não temos todas as respostas e a proatividade para aprender a resolver novos problemas. Toda a sua experiência em outra área ainda pode ser útil, desde que você consiga aplicá-la. 

Por isso, não deixe a falta de educação formal te impedir. Estude, é claro, mas também arrisque e tenha confiança de que, aos poucos, você vai aprender o que precisa.

Leia também: Entenda como começar do zero e aprender a programar!

Quais são as etapas vividas pelas pessoas em uma transição de carreira?

Para que a transição de carreira aconteça, é comum que as pessoas envolvidas nela passem por algumas etapas. Abaixo, indicamos quais são elas e o que geralmente acontece em cada uma dessas etapas.

1. Sensação de desconforto

Esta é, em geral, a primeira etapa da transição de carreira. Nela, o profissional começa a desenvolver sentimentos negativos em relação à área ou ao trabalho e, diante disso, passa a imaginar uma realidade em que ele possa trabalhar com outra coisa, ou de outra forma. 

2. Decisão de passar pela transição de carreira

Quando o desconforto fica mais intenso, o próximo passo é decidir realizar uma mudança. Nesta etapa, o profissional determina o tipo de transição pela qual passará e quais mudanças deve fazer para que ela aconteça.

3. Preparação profissional

Uma vez claro que a transição de carreira é necessária, a próxima etapa é se preparar profissionalmente para ela. Quais habilidades devem ser desenvolvidas? Existe algum curso ou conhecimento que você pode adquirir? O que você já sabe e pode ser útil na nova carreira? Delimitar essas questões é uma maneira de fazer com que o processo seja mais simples.

4. Busca por novas vagas

Agora que você já começou a desenvolver novas habilidades, é hora de começar a buscar por vagas na nova área de interesse. Aposte em sites especializados, contatos e tudo o mais que puder te ajudar a alcançar esse objetivo. E não tenha medo de investir no que faz mais sentido para o seu perfil.

5. Mudança efetiva

Pronto! Este é o momento em que você começa a nova carreira. A sua transição foi feita e tudo o que resta é aproveitar a satisfação do novo emprego.

Como fazer uma boa transição de carreira? Veja o passo a passo!

Agora que você já entende melhor como funciona uma transição de carreira, montamos um breve passo a passo para te ajudar a passar por esse processo. Confira as nossas dicas e boa sorte!

1. Analise bem a nova carreira

Saiba para onde você quer ir. É claro que este não precisa ser um processo definitivo, mas será mais eficaz se você tiver uma ideia de como fazê-lo. Por isso, converse com quantas pessoas puder e tome uma decisão consciente.

2. Adquira conhecimento teórico

Estudar é uma etapa básica da transição da carreira. Por isso, não seja tímido: procure cursos e mentorias, e aposte também em conhecimento gratuito, disponibilizado online. Não tenha medo de pôr a mão na massa. 

3. Monte um bom currículo

Para esta etapa, leve em consideração todas as habilidades que você pôde desenvolver na carreira anterior. Montar um currículo para transição de carreira pode não ser simples, mas uma dica é focar principalmente em soft skills e em mostrar como os conhecimentos que você já tem podem ser aplicados na nova profissão.

4. Aplique para novas vagas

Não tenha medo de ir atrás de novas vagas que sejam condizentes com o seu perfil e os seus objetivos. Veja o que elas exigem e como você pode atender àquelas expectativas. Ainda que o começo seja difícil, não pare de procurar.

5. Tenha vontade de aprender

Mais do que focar no que você ainda não sabe fazer, mostre-se disposto a aprender coisas novas. Seja proativo e esteja sempre pronto para ajudar, mesmo nas menores oportunidades. Dessa maneira, você vai adquirir mais conhecimento prático e construir um caminho mais sólido.

Esperamos que este artigo tenha te ajudado a entender mais sobre a recolocação profissional. E se você está pensando em fazer uma transição de carreira, considere aprender a programar, confira nossos cursos!

Sirius Educação

Somos uma escola de tecnologia, digital e diferente do tradicional. Permitimos uma jornada de aprendizagem individual, voltada à prática e altamente conectada com o ecossistema de inovação. E o mais importante, temos um olhar humano para o desenvolvimento do aluno ou aluna, empoderando-as para o futuro.

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