Portfólio de desenvolvedor: 8 modelos, dicas e passo a passo para o seu

Não é novidade para ninguém que a área de tecnologia é uma das que mais cresce no Brasil e no mundo. Só durante a pandemia houve uma procura 671% maior por esses profissionais, e um crescimento de 22% nesse mercado, de acordo com o levantamento de 2021 do Mercado Brasileiro de Software.

Mesmo em franco desenvolvimento, o mercado de tecnologia é exigente. É preciso que os profissionais sempre se mantenham atualizados e disponham de formas para demonstrar suas habilidades em recrutamentos. 

Continue esta leitura e confira como fazer um portfólio de desenvolvedor, com 8 modelos para você se inspirar!

Como divulgar meu trabalho de desenvolvedor?

Seja em trabalhos como programador freelancer, ou como parte do quadro fixo de uma empresa ou instituição, o programador aprende com a experiência. Assim, ele precisa de formas eficazes de demonstrar como seu percurso profissional e acadêmico impactaram nas suas habilidades. 

Além de ter boas referências relacionados à vivência profissional ou à faculdade, é preciso criar formas de os recrutadores avaliarem os trabalhos realizados pelos programadores, de modo mais técnico. 

O profissional também precisa estar atento ao conteúdo que divulga como forma de demonstrar habilidades. Afinal, este material também funciona como um elemento de marketing pessoal.

Entre as dicas para manter um bom perfil, capaz de encantar os recrutadores, estão a atividade de valor em redes sociais, especialmente no Linkedin, e em comunidades de programação. 

Mas uma das formas mais eficazes de demonstrar suas competências é manter um site, blog e/ou portfólio de qualidade. Bons layouts, informações claras, e apresentação do raciocínio e estratégia por trás das ações são capazes de dar pistas mais completas sobre como você desenvolve seus processos

Diferente do currículo, o portfólio não contém as informações de carreira e formação, mas sim, uma comprovação e demonstração da sua experiência aplicada em projetos. É onde você concentra seus melhores trabalhos, que irão ajudar a criar seu perfil produtivo como programador.

É importante lembrar que um portfólio profissional é uma experiência visual, portanto, é essencial mantê-lo organizado e usar plataformas que permitam criar um layout bem feito. É uma verdadeira vitrine dos seus projetos profissionais.

No caso dos programadores, além de trabalhos próprios, é possível incluir projetos em que tenha contribuído, como aqueles de códigos open source, em que o resultado final está relacionado à colaboração de vários profissionais. Isso demonstra um comprometimento, além daquele costumeiro e obrigatório. 

Como é o portfólio de um desenvolvedor?

Seja para o setor de tecnologia, ou outras áreas profissionais, o portfólio é uma porta de entrada para vários cargos. Ele não demonstra apenas suas habilidades, mas é também um recorte de suas preferências, dentro da sua área de atuação, e do modo de desempenhar um trabalho.

Além disso, ele funciona como um verdadeiro estudo das melhores formas de apresentar essas habilidades para outras pessoas. O portfólio de um programador irá acompanhar as linguagens e sistemas que o profissional utiliza, portanto, o modelo está atrelado a essa escolha.

Um portfólio é autoexplicativo. O recrutador, ao ter contato com esse material, precisa entender a mensagem que você quis passar, ou seja, as habilidades que deseja demonstrar. Uma dica para alcançar esse objetivo, é validar esse material com colegas, professores, etc.

Mas será que é possível criar um portfólio de programador mesmo sem experiência profissional anterior? Claro! Além dos projetos colaborativos anteriormente mencionados, é possível ter, pelo menos, mais dois caminhos para desenvolver um portfólio.

  • A primeira dica, já citada, é contribuir para melhorias e construção de projetos open-source, trabalhar a lógica, a crítica, a inovação, a capacidade de atuar em equipe e se manter sempre atualizado.
  • A segunda dica é desenvolver um projeto do zero, com planejamento, execução e testagem feitas por você, com as fases documentadas, caso precise consultar ou apresentar posteriormente.
  • A terceira dica é pegar um objeto já existente e propor uma melhoria a partir da sua percepção de resolução de problemas. A lógica por trás do avanço proposto pode ser um grande atrativo para empresas, que precisam de pessoas capazes de agir de forma crítica.

Seu portfólio também pode reunir um mix dessas três formas de demonstrar suas habilidades. Isso porque elas demonstram sua relação com a comunidade, sua capacidade de criação e de melhoria de algo que já está pronto.

Como montar um portfólio de desenvolvedor?

O primeiro passo de um portfólio é a escolha da plataforma que o irá abrigar. É possível utilizar repositórios de códigos e/ou sites e blogs pessoais. Estes últimos possuem uma vantagem: podem atuar de forma híbrida, como repositório de códigos, com sessões descritivas, semelhantes ao currículo.

Mesmo que você tenha exemplos de sites e aplicações para anexar a esse repositório, o próprio site ou blog já funciona como um critério de avaliação. Fique de olho nas estratégias de otimização, como SEO, para rankear melhor seu portfólio nos sites de busca. Tenha uma versão mobile que seja rápida e de fácil interação. 

Uma avaliação técnica do seu portfólio faz com que nenhuma informação extra seja necessária para complementar aquilo que é apresentado. Apesar disso, a capacidade de tornar esse material mais “palatável” para quem avalia pode ser um grande diferencial.

O arquivo “README” do seu projeto é uma forma de fazer com que o recrutador e o avaliador técnico entendam a lógica por trás do seu código e como ela se relaciona com o problema e objetivo em questão. 

Existem várias formas de resolver um mesmo problema, e o modo como realizamos isso diz muito sobre os caminhos que utilizamos para buscar resoluções. Com seu portfólio pronto, utilize plataformas, como LinkedIn e Github, para divulgar seus trabalhos e atrair os olhares para sua forma de executar as atividades. 

8 modelos de portfólio de desenvolvedor

Para te ajudar na construção, confira 8 modelos de portfólios front-end, back-end e full stack para se inspirar!

  1. Adriano Ribeiro

O portfólio de Adriano Ribeiro é disponibilizado através de um site próprio e funciona como um currículo digital. Além de acesso ao arquivo de currículo, as sessões do site fornecem informações importantes sobre o perfil profissional de Adriano. Como, por exemplo, o tipo de serviços que realiza, a formação, as experiências, e um pouco mais sobre ele. 

Um ponto interessante é que o site de Adriano possui bom ranqueamento nas buscas do Google. Ainda na primeira página, ele condensa informações de interesse, como um resumo sobre as sessões do site e um link de contato, caso a primeira experiência já engaje o visitante. 

  1. Rafael Moura

Assim como Adriano Ribeiro, Rafael Moura possui bom rankeamento de seu site nos buscadores. Com design mais despojado, o desenvolvedor utiliza seu site para disponibilizar suas informações, formação e experiências, além do contato para interessados. 

Na aba de orçamentos, o profissional dispõe de um espaço para briefing prévio. Essa parte do formulário de contato é dividida em duas outras, orçamento e consultoria, com opções que direcionam o contato que o desenvolvedor irá fazer com o futuro cliente. 

Uma sessão que chama atenção tem relação com outras habilidades de Rafael. Nela, ele disponibiliza um link para seus trabalhos como DJ, em que é possível ouvir suas produções, ver sua discografia e entender mais sobre essa  sua ocupação.

  1. Everton Strack

O portfólio de Everton Strack é uma atração à parte. Com uma proposta quase artística, ele mantém um site em que é possível ter contato com seus principais trabalhos, experiências profissionais e informações pessoais, mas propõe outro tipo de conteúdo para essa página, mais inovador.

Nela, ele mantém um blog com “um pequeno apanhado sobre o dia-a-dia de um front-end”, nas palavras dele. A descrição de suas habilidades, expressões como “ninja” e “jedi master” mostram sua conexão com a cultura pop e descontração. 

Uma boa forma de demonstrar ao recrutador outras questões sobre si, para além daquelas extremamente técnicas. 

  1. Gilson Leite

Um exemplo de portfólio back-end é o de Gilson Leite. Em seu site ele mostra as aplicações que desenvolveu para sites de seus clientes. E por falar em clientes, ele possui depoimentos que validam sua atuação profissional.

A disposição dos números de trabalhos também chama a atenção, já que o programador contabiliza até mesmo a quantidade de linhas de códigos geradas pelo seu trabalho.

Em seu site é possível ter contato com alguns de seus projetos, habilidades e experiências profissionais. Para tornar a avaliação de seu perfil profissional mais complexa, ele dispõe da versão mais explicativa no site, além do código criado para tal. 

  1. Fabrício Cerci

Fabrício Cerci faz parte de um grupo de programadores, web designers, UX designers e outros profissionais da área de comunicação e tecnologia, o Mestres do Desenvolvimento. Ele mantém um repositório no GitHub, onde é possível entender um pouco mais sobre seu perfil profissional. 

Em tópicos simples ele mostra suas preferências, habilidades, aspirações e perfil profissional. Ainda, as linguagens que domina, quantas contribuições para códigos fez no último ano, desafios que fez parte, etc.

Fabrício também possui links de contato, que direcionam os interessados em seu perfil para plataformas como email, twitter, instagram e Linkedin, onde é possível saber mais sobre sua atuação profissional.

  1. Danillo Rios

Danillo é a prova de que um bom portfólio começa na graduação. Além de atuar como desenvolvedor Full-Stack, Danilo é desenvolvedor de jogos. Graduando em Sistemas de Informação na Universidade Federal de Pernambuco, ele já possui formação no Curso Superior de Tecnologia em Jogos Digitais pela Universidade Católica de Pernambuco.

Ao clicar em um de seus projetos é possível saber quem foi o cliente, quando o projeto foi realizado, em quais plataformas está disponível, as linguagens e ferramentas utilizadas, e uma descrição completa do assunto. Até mesmo premiações e reportagens que envolvem  o projeto estão vinculadas à sua apresentação no portfólio.

  1. Ricardo Celso

Ricardo é um desenvolvedor Full Stack, mas com uma formação diferente. Ele se graduou em Radialismo, Jornalismo e Publicidade, com Especialização em Mídias Digitais e Habilitação em Desktop Publishing e Programação Visual. Isso possibilita que ele ofereça serviços de programação e gestão de redes, criação de conteúdo, utilização de Facebook ADS, etc. 

Com mais de 15 anos de experiência, em seu site é possível ver um pouco mais sobre sua atuação e satisfação de seus clientes. Em relação ao portfólio em si, Ricardo possui uma divisão dos trabalhos em Web, Social e Identidade. Ele já fez uma série de projetos web para ramo musical, restaurantes, corporativos, entre outros. 

  1. José Guilherme

José Guilherme tem apenas 25 anos e já é medalhista olímpico na modalidade “Web Design / Development” na SP Skills de 2017. Na época ele contava com apenas 20 anos! Formado na área de desenvolvimento de sistemas, o desenvolvedor full-stack atua como freela nas áreas de web, mobile, desktop, design gráfico, e sistemas integrados.

Sua forma de descrever os números por trás de sua carreira é muito criativa. Além de computar projetos, clientes satisfeitos, horas trabalhadas e premiações, ele inclui número de ideias surreais e copos de café consumidos no processo.

Como alguns dos portfólios anteriormente apresentados, suas habilidades estão dispostas em um gráfico de barras, que dá a ideia do nível de domínio de cada uma delas. Para facilitar o contato, Ricardo disponibiliza um canal de chat conectado à plataforma messenger. 

Como criar um portfólio de desenvolvedor no GitHub?

Comunidades para manter diálogo com colegas de profissão são super importantes, no caso do setor de tecnologia, são fundamentais. Para isso, o GitHub é uma das plataformas mais conhecidas. Criado em 2008, o repositório contém projetos privados e open source, sendo que este último é o tipo mais comum. 

Para utilizá-lo como portfólio é preciso criar uma conta pessoal ou de equipe, há opções pagas e gratuitas. Depois disso é possível utilizar o Hello World Guide, guia disponibilizado pela plataforma para ensinar o novo usuário a criar seus primeiros arquivos. 

Você pode criar um repositório, que é um espaço onde os arquivos de um projeto são guardados, ou um fork, projeto baseado em outro já existente. Neste último caso é possível fazer um pull request, que é a validação do seu “fork”, pelos profissionais ligados ao projeto original, que você bifurcou.

Com uma alma de rede social, o GitHub permite interação entre desenvolvedores, e colaboração em projetos, criando networking e até mesmo possibilidades de reposicionamento no mercado de trabalho.

Agora que você já sabe um pouco mais sobre o portfólio de um desenvolvedor, que tal entender um pouco mais sobre habilidades para colocar no seu currículo, e criar um perfil profissional irresistível para os recrutadores? 

Sirius Educação

Somos uma escola de tecnologia, digital e diferente do tradicional. Permitimos uma jornada de aprendizagem individual, voltada à prática e altamente conectada com o ecossistema de inovação. E o mais importante, temos um olhar humano para o desenvolvimento do aluno ou aluna, empoderando-as para o futuro.

Sirius Educação
Sirius Educação
Somos uma escola de tecnologia, digital e diferente do tradicional. Permitimos uma jornada de aprendizagem individual, voltada à prática e altamente conectada com o ecossistema de inovação. E o mais importante, temos um olhar humano para o desenvolvimento do aluno ou aluna, empoderando-as para o futuro.
Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *