Conseguir o primeiro emprego não é uma tarefa fácil. Com uma taxa de desemprego em 11,1% e uma concorrência que se especializa cada vez mais, é preciso ficar atento às oportunidades.
Ao iniciar em uma profissão, seja a sua primeira no mercado de trabalho ou uma transição de carreira, você já se deparará com um dilema. Como ter experiência sem ter uma oportunidade e como ter uma oportunidade sem ter uma experiência?
Começar é sempre difícil, as melhores vagas são, na maioria dos casos, reservadas para profissionais veteranos. Entretanto, é furando essa bolha que um novo trabalhador poderá demonstrar suas qualidades e trazer bons frutos para uma empresa.
Como estamos falando de analista de dados júnior, o primeiro emprego pode ser uma boa oportunidade. De acordo com uma matéria de julho de 2021, do portal G1, a demanda por profissionais ligados aos dados tinha subido quase 500%! Ou seja, por mais dificuldades que tenha ao conquistar o primeiro emprego, as oportunidades estão aí.
Neste texto você verá algumas atitudes que te ajudarão a se inserir no mercado como analista de dados jr, passando por currículo, entrevista, portfólio, etc. Esperamos que você faça uma boa leitura e consiga uma ótima oportunidade.
Vale a pena tentar um emprego como analista de dados jr?
Iniciar uma carreira tem que ser algo bem pensado. Por isso, é sempre importante olhar diversos aspectos da profissão para ver se ela realmente irá atender seus anseios. Entre diversos fatores, alguns se mostram mais importantes, por exemplo:
- gostar da área de trabalho;
- ter aptidão para o que é pedido;
- contar com um salário justo; e
- ser uma profissão com oportunidades, tanto de entrar quanto de crescer.
Ao pensarmos na análise de dados, fica fácil encaixá-la em cada um dos parâmetros acima. O salário também é interessante, mesmo para quem está chegando na carreira. De acordo com o site Glassdoor, a média salarial de um analista de dados júnior é de R$ 3.744,00.
Já os critérios aptidão e gostar do trabalho são mais subjetivos, dependendo de cada um. Entretanto, na maioria das vezes, é possível desenvolver um bom trabalho – e também uma paixão por ele – durante os estudos ou mesmo nas empresas, à medida em que descobre mais sobre a área.
Como elaborar um currículo para o primeiro emprego?
Se a primeira impressão é a que fica, ter um currículo bem construído é fundamental para quem quer alcançar uma boa vaga. Afinal, este é o documento que irá apresentar o candidato ao recrutador.
Independente da área ou se é o primeiro emprego ou não, o currículo precisa passar de forma rápida e certeira quem é você e onde poderá chegar. Separamos agora 4 dicas para preparar um currículo, veja quais são:
1. Mantenha os requisitos básicos
Mesmo sendo o seu primeiro emprego, a estrutura do currículo será a mesma. Esses são os requisitos básicos que farão com que o recrutador tenha um primeiro contato com seu perfil e te chame para uma entrevista.
De forma geral, é preciso apontar seus dados pessoais, objetivo, formação acadêmica e experiências de trabalho. Mesmo não contando com esse último item, ele não deve ser suprimido. Mais a frente te mostraremos como solucionar essa situação.
2. Junto com a falta de experiência, demonstre a vontade de aprender
Se você não tem experiência, não adianta nada mentir, a empresa com certeza descobrirá. Se a falta de empregos anteriores é uma desvantagem, a vontade de aprender é uma qualidade!
Já nos objetivos, deixe claro a sua pretensão de ter uma primeira oportunidade e se inserir na empresa. Desde o início, mostre que você será uma aquisição valiosa para o negócio.
3. Seja claro e objetivo
Se você está em busca de uma boa vaga, com certeza ela contará com um número maior de candidatos. Desse modo, a análise de currículos tem de ser feita de forma rápida, em busca dos pontos chave para a empresa.
É fundamental ser claro e objetivo, indicando as informações necessárias sem rodeios. Trabalhar com listas é interessante, pois deixa a leitura mais dinâmica.
4. Mostrar uma formação robusta
Se você perde na experiência, demonstre sua capacidade com sua formação. Pode ser válido apresentar graduações, seja tecnólogo ou bacharel, cursos técnicos, bootcamps, cursos livres, etc.
Aproveite que para analista de dados jr, assim como outras áreas da tecnologia, é permitido uma formação variada. É o momento certo de mostrar cada expertise.
Leia também: Guia completo sobre bootcamp: saiba o que é, como funciona e como participar
E como contornar as experiências?
Como já afirmamos, não ter experiências é complicado, mas não acaba com suas chances de alcançar uma boa oportunidade. É preciso reforçar em outras aspectos para suprir este.
A primeira coisa a se fazer é incluir os feitos acadêmicos, que mostram uma atuação próxima à do trabalho. Participações em representações estudantis, construção de eventos e serviços voluntários são boas ideias.
É também interessante apresentar projetos que você desenvolveu, mesmo que não tenham um uso comercial. Esse segundo ponto já mostra sua capacidade técnica, que pode ser comprovada com um portfólio.
Quais são as melhores hard skills para um analista de dados?
Se você não está familiarizado com o termo, as hard skills são as habilidades técnicas utilizadas para desempenhar um trabalho. Elas complementam o perfil do funcionário, indicando que ele é a pessoa certa para determinada função.
Cada profissão pede por habilidades específicas, afinal, são atuações diferentes. Para o analista de dados, algumas são mais importantes. Veja agora as principais:
SQL
O SQL é a linguagem padrão dos bancos de dados e, por isso, deve ser dominada por quem pretende entrar na área. Essa ferramenta permite controlar, modificar e analisar grandes quantidades de dados, armazenados em bancos relacionais.
Estatística
Para conseguir fazer uma análise correta de dados, identificando os padrões, é obrigatório ter noções de estatística. Além da base que você tem de seu curso, é uma boa opção investir em um curso específico, facilmente encontrado de forma gratuita na internet.
Python ou R
Além do SQL, você provavelmente precisará conhecer outras linguagens de programação para lidar com dados, principalmente na parte estatística. As mais indicadas aqui são Python e R, sendo a primeira ainda mais indicada por ser a mais fácil de aprender.
Leia também: Guia completo sobre linguagem R: saiba o que é, quando usar e como aprender
IA e Machine Learning
Tecnicamente são áreas dentro da estatística, mas que merecem destaque aqui devido a importância que ganharam nas últimas décadas. Essas duas áreas são fundamentais para empresas que operam com modelos estatísticos preditivos. Por isso, conhecer sobre inteligência artificial (IA) e machine learning é uma ótima ideia.
Data Visualization
Visualizar os dados pode ser um passo importante pra ajudar na análise. Para isso, existem programas bem conhecidos que trabalham nesta função, como por exemplo Power BI, Tableau, Plotly e até mesmo o Excel.
Leia também: Guia sobre Power BI: saiba o que é, como funciona, para que serve e mais!
O que inserir no LinkedIn?
Uma importante ferramenta para quem quer chegar até uma boa vaga é o LinkedIn, que é talvez o maior espaço para profissionais. Além de funcionar como um site de vagas, a plataforma também é uma rede social, onde empregadores e trabalhadores compartilham suas experiências.
O LinkedIn é tão vantajoso que, em algumas vezes, as oportunidades aparecem mesmo para quem não as está procurando. Para tanto, é fundamental manter um perfil atrativo e diferenciado. Veja algumas formas de fazer isso:
- Insira uma boa foto no perfil: com uma foto, se torna mais fácil do seu perfil ser visualizado, além de dar mais credibilidade ao que é dito.
- Escolha uma capa que agregue profissionalmente: a capa pode ser um forte indicativo da forma que você irá trabalhar.
- Conte sua história de forma dinâmica: no resumo, conte mais sobre você, mas de uma forma que envolva os leitores. Utilize palavras-chave que são comumente pesquisadas.
- Preencha todos os dados: quanto mais informações, maiores são suas chances, por isso, mantenha o perfil completo.
- Descreva suas habilidades: as hard e soft skills são fundamentais para indicar seu perfil.
- Participe de grupos: nos grupos você poderá ver outras oportunidades, além de construir um networking maior.
Como montar um portfólio para o seu primeiro emprego?
Apesar de, nessa área, o portfólio ser mais comum para o cientista de dados, o analista também pode montar um. Lembre-se: se você não tem experiência na área, é preciso demonstrar sua capacidade na prática de alguma forma.
Desta maneira, o portfólio indica ainda mais sobre você profissionalmente. Ele pode ser inserido em plataformas como Github, Kaggle ou até mesmo o LinkedIn. Para montar o seu, veja algumas dicas:
- Inclua projetos originais, te diferenciando dos concorrentes;
- Mantenha seu portfólio atualizado;
- Deixe cada projeto bem definido quanto ao seu objeto;
- Não exagere no tamanho;
- Prepare um design atrativo, etc.
Como agir durante a entrevista?
Depois de passar pela primeira fase, que foi a preparação de um bom currículo já selecionado, chega a hora de ficar cara a cara com o recrutador. Neste momento, você deverá mostrar que seu currículo é sincero e que você é a pessoa certa para vaga.
Para chegar lá, é preciso se preparar. Essa não pode ser uma conversa despretensiosa, afinal, aqui pode estar o seu futuro. Para te ajudar, listamos 4 dicas para ir bem na entrevista de emprego. Confira:
1. Seja pontual
Apesar de já ter enviado seu currículo, a entrevista vai ser seu primeiro contato de fato com a empresa, de forma pessoal. Por isso, não erre no básico, esteja presente no horário marcado.
O ideal é chegar alguns minutos adiantado, o que te ajudará a perceber melhor como são a empresa e os funcionários. Responsabilidade é um fator fundamental do profissional e deve ser demonstrada aqui.
2. Demonstre uma boa comunicação
As empresas sempre escolheram pessoas que saibam conversar bem, de forma objetiva, clara e direta. A comunicação é uma das mais importantes soft skills, que possibilita um ambiente mais produtivo.
3. Seja participativo, principalmente em atividades em grupo
Você não pode ser esquecido pelo recrutador, por isso, participe ativamente dos momentos da entrevista. Entretanto, tome cuidado para não parecer desesperado, intruso ou até mesmo mal educado.
Ao participar das atividades em grupo, você poderá mostrar diversas qualidade. Liderança, espírito de equipe, comunicação assertiva e proatividade são alguns exemplos.
4. Controle sempre o emocional
Por fim, mantenha a tranquilidade! Se você não conseguir lidar com uma entrevista de emprego, provavelmente não vai se manter no trabalho.
Trate bem todos e, principalmente, respeite as divergências e busque soluções pacíficas. E lembre-se: essa não será sua última oportunidade.
Onde procurar as vagas para analista de dados jr?
Para finalizar o texto, vamos indicar as melhores formas de encontrar boas vagas de analista de dados júnior. Até porque, do que adianta se preparar tão bem se você não achar nenhuma oportunidade?
As vagas estão por aí, você só precisará buscar nos lugares certos. Trazemos agora – e de certa forma durante todo o texto – as melhores formas de procurar vagas para analista de dados jr:
Aqui não tem muito o que acrescentar: o LinkedIn é uma excelente ferramenta para o trabalho. Ao mesmo tempo que você se depara com grandes oportunidades, é possível também estar em contato com empresas e outros profissionais, conhecendo cada vez mais esse meio.
Networking
Os contatos podem ser sua maior arma ao procurar o primeiro emprego, independente de como eles apareceram. Você deve manter boas relações com colegas de cursos, professores, outros candidatos, usuários do próprio LinkedIn e demais conhecidos.
Sites especializados
Por fim, você poderá sempre voltar ao básico. A procura por empregos em sites especializados continua muito forte, possibilitando para você tentar diversas vagas ao mesmo tempo. Por mais que as respostas possam ser frustrantes, é preciso ouvir persistir.
Alguns dos principais sites são:
- Catho;
- Glassdoor;
- Gupy;
- Indeed;
- Infojobs;
- Trabalha Brasil; e
- Vagas.
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