12 mitos e verdades sobre aprender a programar: confira!

Aprender a programar tem um papel cada vez mais central nas nossas vidas. Em 2021, foram criados mais de 123 mil empregos na área de Tecnologia da Informação. Em 2022, a tendência é de mais de 7 milhões de novas vagas no setor de tecnologia. 

Esse boom do setor vem mostrando o que já está evidente para milhares de pessoas: aprender a programar está se tornando essencial. E a tendência é que esse crescimento se mantenha.

Ainda assim, não é incomum que o processo de aprender a programar esteja envolto em uma série de suposições pouco verdadeiras. A cultura pop ajudou a construir uma imagem do programador que o afasta da realidade, seja porque o coloca numa posição genial, seja porque o retrata como alguém cheio de manias e isolado da sociedade.

Para entender de verdade como a vida profissional de uma pessoa programadora toma forma, a equipe da Sirius separou 12 mitos e verdades sobre aprender a programar. Neste conteúdo, nós desmentimos algumas ideias sensacionalistas e te lembramos do que é realmente essencial para começar nessa jornada.

Preparado? Então vamos lá!

1. É preciso ter um diploma

Já começamos com um mito — e dos grandes! É verdade que, durante muito tempo, ter um diploma era a única maneira de ingressar não apenas nesta, mas em diversas áreas do mercado de trabalho. No entanto, hoje em dia, as coisas mudaram, principalmente na área de tecnologia.

Para aprender a programar e atuar no mercado de programação, você não precisa ter uma graduação — e, se tiver, ela não precisa ser em uma área correlata ao setor de tecnologia. A programação é o tipo de habilidade que pode ser adquirida em cursos livres e, mais importante, a partir de muita prática.

Por ser um tema relativamente fácil de aprender de forma autônoma, o mais importante é conseguir mostrar do que você é capaz enquanto programador. E, para isso, o seu portfólio de desenvolvedor é muito mais relevante do que a sua formação acadêmica.

Para entender mais sobre esse assunto, você pode conferir o nosso artigo sobre o tema: Habilidade profissional ou diploma: qual é o futuro do trabalho?

2. É necessário saber muita matemática para programar

Mito! Quando você pensa em códigos, a primeira imagem que vem a sua mente é aquela tela preta cheia de símbolos irreconhecíveis? Se a resposta para essa pergunta for “sim”, não precisa se preocupar: apesar de usar uma linguagem que até lembra um pouco a matemática, a programação não depende desses conhecimentos.

Isso significa que você não precisa entender pelo menos um pouco do raciocínio lógico que guia a matemática? Não. É claro que ele será importante para que você aprenda a programar e se destaque nesta tarefa. No entanto, não será necessário dominar conceitos complexos, com frequência abordados nas salas de aulas dos cursos superiores.

Cenas como um grupo de pessoas debruçadas sobre problemas de cálculo e física, tentando resolver grandes equações ou rabiscando símbolos incompreensíveis em um quadro negro não são comuns. Para aprender a programar, basta estudar lógica.

3. É preciso gostar de resolver problemas

Verdade! Esta é, afinal, a base do trabalho de programação. E, para aprender a programar, você deve ser movido pelo desejo de encontrar respostas para as perguntas que surgem durante o exercício do trabalho.

A capacidade de resolver problemas é uma das soft skills mais importantes para quem deseja atuar no mercado de tecnologia. Para se destacar na programação, portanto, é essencial que você goste de pensar em soluções para todo tipo de situação, da mais simples à mais complexa.

Vale lembrar, ainda, que uma das competências importantes em um programador é saber como fazer um código limpo. Então, mais do que se perguntar como resolver um problema, é também importante pensar em maneiras de fazer com que essa solução seja escrita da melhor forma possível. 

4. É muito difícil — precisa ser um gênio!

Uma cena clássica: sentada em uma mesa, digitando ferozmente no seu computador, está uma pessoa extremamente inteligente, a mais brilhante da família. 

Essa pessoa tem apenas uma missão: decriptografar um site importante. Ou: programar um firewall tão perfeito que nenhum hacker será capaz de quebrar. Parece familiar?

É assim que os programadores costumam ser retratados na ficção. Mas é um mito que é preciso ser um gênio para aprender a programar. Assim como qualquer tarefa nova, a programação apresenta um grau de dificuldade inicial.

No entanto, a sua curva de aprendizagem não costuma ser muito longa. E, uma vez que a lógica de programação é dominada, é muito mais fácil avançar na carreira. 

Por isso, não desanime: a programação não é restrita aos gênios — embora também sirva para eles.

Por outro lado, se você quer treinar as suas habilidades e se tornar um programador mais experiente, uma alternativa é investir nos desafios de programação!

5. A criatividade não é importante para programar

Outro mito bastante comum sobre aprender a programar. Afinal, as pessoas tendem a acreditar que, na área de tecnologia e no campo das ciências exatas de modo geral, a criatividade acaba se tornando secundária. Mas isso não poderia estar mais distante da verdade!

A capacidade de pensar de modo criativo é uma habilidade super importante para a programação. Ela está profundamente atrelada à resolução de problemas, e pessoas criativas tendem a encontrar soluções melhores para questões do dia a dia.

Por isso, se você gosta de pensar fora da caixa, não se deixe levar por essa ideia de que terá pouco espaço para colocar a imaginação em prática na programação. Apresente as suas ideias, exercite a sua criatividade e veja como os seus códigos vão evoluir muito!

6. É preciso gostar muito de pesquisar

Verdade! O trabalho do programador é feito principalmente de duas coisas: a vontade de solucionar um problema e a capacidade de ir atrás dessas soluções. E, para isso, é essencial que a pessoa programadora goste de fazer pesquisas.

De modo geral, as pesquisas podem envolver tanto a parte mais mecânica do trabalho, buscando soluções práticas para problemas que já estão acontecendo, quanto novidades e inovações que podem ser interessantes para a atuação da pessoa programadora na sua função.

Assim, por um lado, é importante gostar e saber como encontrar soluções em outros códigos, lendo-os em fóruns ou conversando com outras pessoas da área. Por outro, é preciso estar antenado em tendências, mudanças, linguagens de programação mais usadas, etc. 

7. Programar é um trabalho solitário

Mais um mito! Assim como somos levados a pensar que uma pessoa programadora é sempre genial e inteligente além do comum, também temos essa imagem falsa de que ela será muito reclusa, que prefere trabalhar apenas com computadores, e não com outras pessoas.

No entanto, essa percepção não é em nada verdadeira. A pessoa programadora pode e deve trabalhar em equipe, seja dentro dos projetos da empresa, seja através do contato direto com a comunidade, em fóruns online, por exemplo.

O trabalho em equipe favorece a criação de soluções melhores e mais assertivas, além de estimular a criatividade. Também é muito frequente que programadores façam parte de equipes multidisciplinares, com pessoas de outros setores. 

Além disso, algumas áreas da programação exigem não apenas o trabalho em equipe, mas uma boa comunicação. Se você deseja ser uma pessoa programadora que atua em ciência de dados, por exemplo, vai precisar saber como passar informações relevantes para outros colaboradores.

8. É preciso ser jovem para programar

Mais um mito gigantesco! É um fato que grande parte das profissões em tecnologia são dominadas por colaboradores mais jovens. No entanto, ser jovem não é um pré-requisito nem para aprender a programar, nem para atuar no mercado.

Pessoas com uma maior bagagem profissional também podem agregar valor para empresas que buscam programadores, mesmo em cargos mais juniores. O que importa é ter um bom portfólio, se manter atualizado com as tendências da área e saber resolver os problemas que aparecem no caminho.

Por isso, se você quer aprender a programar para virar um profissional, não deixe a idade ser um impeditivo! Hoje em dia, os nativos digitais podem até estar mais familiarizados com as tecnologias, mas ter a mentalidade de lifelong learning também é uma maneira de se destacar. 

9. É preciso dominar uma linguagem de programação

Esta afirmação é verdadeira! Vale lembrar que não é preciso saber todas as linguagens de programação do mercado — especialmente porque este seria um trabalho hercúleo e, de modo geral, impossível. Mas, sim, é importante que a pessoa programadora domine pelo menos uma delas.

Ao aprender a programar, você provavelmente se identificará mais com uma ou outra tecnologia, que te aproximará de algumas linguagens de programação. Dentre estas, você aprenderá com mais profundidade pelo menos uma, essencial para a sua área de atuação.

É importante pontuar, ainda, que também é importante conhecer os principais frameworks da linguagem que você escolher para trabalhar. 

10. É preciso ter um computador muito potente

Opa, mentira! Um bom computador pode, sim, ajudar a tornar o processo de programar mais rápido e eficiente, mas um computador de última geração não é, nem de longe, necessário para que alguém aprenda a programar e ingresse no mercado.

Tudo o que você precisa é garantir que o seu computador suporte os programas necessários para que a programação aconteça

Em alguns casos, isso pode significar, por exemplo, que o computador deve conseguir rodar o Android Studio e um emulador mobile, para o caso dos programadores mobile. Em outros, a programação pode depender de um programa específico, como é o caso do desenvolvimento em Swift.

No entanto, se você ainda está começando ou está apenas interessado em aplicações mais simples, realmente não é preciso se preocupar com máquinas super potentes. Deixe esse investimento para depois, quando você for um programador mais experiente e com demandas mais complexas.

11. É preciso ser fluente em inglês

Mito! Por um lado, é inegável que aprender inglês é muito importante para aprender a programar e ter um bom desenvolvimento na área. Isso acontece sobretudo porque grande parte das aplicações e materiais estão disponíveis em inglês, e ter acesso a essas informações pode ser um diferencial.

No entanto, é uma falácia que toda pessoa programadora deve ser fluente em inglês. A verdade é que saber apenas o básico da língua já é o suficiente para começar, e as ferramentas de tradução automática também podem oferecer um bom suporte.

Assim, não deixe de explorar o mundo da tecnologia e aprender a programar só porque você não domina essa língua. 

Comece devagar, mantenha o Google Tradutor por perto e vá se familiarizando com os termos e expressões mais comuns. Se for necessário e parte dos seus planos de carreira, você sempre pode investir em um curso formal no futuro.

12. É uma habilidade muito importante, hoje em dia

Verdade! A programação tem sido uma habilidade de importância crescente nos últimos anos, dentro e fora do setor de tecnologia. Isso acontece porque, para aprender a programar, é necessário praticar e desenvolver outras competências e habilidades cada vez mais relevantes para o mercado de trabalho.

A programação permite que a pessoa aprimore:

  • A criatividade;
  • A comunicação;
  • A capacidade de resolver problemas;
  • O raciocínio lógico;
  • O trabalho em equipe;
  • O olhar analítico; etc.

Além disso, ela faz com que as pessoas tenham um raciocínio mais organizado e um olhar mais inovador para o cotidiano. Por isso, aprender a programar vem se tornando um diferencial relevante — e, se você não acredita, pode conferir 7 motivos para aprender a programar agora mesmo!

Esperamos que este conteúdo tenha te ajudado a identificar mitos e verdades sobre aprender a programar. Agora que você já entende um pouco mais sobre a importância dessa habilidade, não deixe de conferir como se tornar um programador jr. e entender tudo sobre a área!

Sirius Educação

Somos uma escola de tecnologia, digital e diferente do tradicional. Permitimos uma jornada de aprendizagem individual, voltada à prática e altamente conectada com o ecossistema de inovação. E o mais importante, temos um olhar humano para o desenvolvimento do aluno ou aluna, empoderando-as para o futuro.

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