De gerente de uma rede de restaurantes até trabalhar para o Google e se tornar tutor de Data Science da Sirius, a história do Leonardo Simões é dessas que parecem quase improváveis. Nada é muito simples e ele teve que vencer as dificuldades de estudar e se motivar o tempo todo. O resultado desse esforço é incrível! Vem ler para saber mais da história do nosso ex alune e tutor!
1. O que você fazia antes de entrar no curso? Trabalhava com o quê?
Leonardo: Eu trabalhava como gerente operacional de uma rede de restaurantes de alta gastronomia e queria mudar para a área de tecnologia. Fazendo esse movimento eu consegui uma vaga para trabalhar como agente Stone.
Eles têm uma cultura de contratar de dentro, muita gente na área de produto e tecnologia já trabalhou como agente Stone também. É difícil entrar sem passar por isso. Mais ou menos na mesma semana que recebi a proposta da Stone, comecei o curso da Sirius de Ciência de Dados, em outubro de 2021.
2. Como decidiu cursar um programa em tecnologia?
Leonardo: É um negócio que, daqui a 10 anos, se você não tiver trabalhando com isso você tá na rua. Foi uma estratégia de sobrevivência mesmo, simples assim.
3. Por que optou por Web Development ou Data Science?
Leonardo: Eu gosto da área de produto, acho muito interessante fazer a interface entre usuário, estratégia de negócio e equipe de tecnologia. E conversando com amigos que são Product Manager, percebi que existe um deficit de pessoas de produto que entendem de dados.
Alguns não sabem fazer a pergunta certa, às vezes direcionam coisas que o time de tecnologia não vai saber responder, fazem perguntas para o time de UX que não estão alinhadas com as métricas. Então eu pensei: vou entender um pouquinho de ciência de dados, não preciso virar programador, mas posso ter uma visão mais estratégica de todo o processo com esse conhecimento.
4. Como conheceu a Sirius?
Leonardo: Eu vim pelo LinkedIn! Vi um post dizendo que a Ambev estava oferecendo bolsas e isso casou com a busca que eu estava fazendo por um curso na área. Aí me inscrevi, fiz o processo seletivo, consegui a bolsa e foi ótimo!
5. Você iniciou o curso com qual objetivo?
Leonardo: Queria aprender o que um cientista de dados faz e mudar de carreira. No curso você vê cientista de dados, engenheiro de dados, squad leader, head de data e vários outros cargos que demandam quase as mesmas habilidades.
Eu queria entender um pouco mais, para que desenvolver essas habilidades? Para resolver o quê? Qual a rotina da profissão? O que a gente vai fazer de fato? E até hoje meio que não tem essa resposta, o escopo do trabalho com dados é muito diferente dependendo da empresa.
Mesmo em empresas muito parecidas como Rappi e iFood os bastidores da equipe de dados são completamente diferentes. Não tive a resposta que eu queria, mas tive a resposta que eu precisava.
6. Quais foram os principais desafios e como eles foram superados?
Leonardo: Eu sou meio desorganizado, meu principal desafio foi com a rotina. Eu preciso parar e estudar, mas trabalhando das 7h às 19h, só queria chegar em casa e fazer qualquer outra coisa que não fosse estudar.
Tenho um projeto de música que eu quero tocar, tenho meus amigos, minha esposa, então o desafio foi a disciplina para colocar tudo isso de lado, me dedicar pras aulas e pros workshops nos finais de semana. E o segundo desafio foi lidar com um negócio que eu nunca tinha ouvido falar.
Nunca tinha aberto um notebook de programação na vida. Não fazia ideia. Do mesmo jeito que eu fico na missão procurando tutoriais na internet de pessoas tirando algum timbre específico ou fazendo algum ajuste de produção musical que eu gosto muito, comecei a me pegar nesse lugar de ter um problema de dados para resolver e ir procurar tutoriais de como aprender e em algum momento comecei a me divertir com esse processo.
Acho que ter disciplina resume tudo. Sou mais disciplinado hoje? Não muito, mas consigo extrair o que tem de melhor dentro de mim.
7. Como foi seu projeto final?
Leonardo: Meu projeto final foi uma loucura! Eu que trouxe a ideia para a galera e no meio do projeto descobrimos que era impraticável fazer o que pensamos, com a equipe e o tempo disponíveis. Então trouxemos mais para perto do que precisava. Eu sinto que meu papel foi muito mais de delegar, garantir o engajamento e produzir material.
A gente rodou um modelo de machine learning no tensor flow para identificar câncer de pele no dataset que tínhamos. Minha esposa trabalha no Hospital das Clínicas e liberou a base de dados que usamos.
O Felipe Morelix foi a pessoa mais técnica, fomos fazendo juntos e validando. Foi um desafio engajar a galera e aprendemos bastante sobre o assunto, foi bacana principalmente para ver o dia a dia do negócio.
Quando fomos apresentar, o professor falou que com uma equipe de 15 engenheiros de dados dedicados ele conseguiria entregar em 5 meses o projeto que a gente queria fazer. Nós éramos uns 3 perdidos com o prazo de um mês. Então não foi muito aquém, a gente conseguiu chegar numa acurácia!
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8. O que você mais gostou da Sirius?
Leonardo: O clima! O clima é muito legal, os professores são muito legais, a gente queria ir para a aula, queria estar lá. Por mais que fosse uma aula difícil de estatística, você podia fazer a pergunta que quisesse, na hora que quisesse.
Em nenhum momento você se sentia inibido. Todo mundo já tinha uma piadinha própria, a gente já direcionava alguém para responder determinados assuntos na aula, a gente já sabia quem era o tímido, quem falava mais, quem tinha dificuldade e tudo bem, a gente se ajudava, então isso é um negócio meio difícil de acontecer e se engajar no remoto.
9. O que você faz agora?
Leonardo: Hoje eu trabalho como Team Lead na Ttec e a gente trabalha pro Google atendendo anunciantes do Google Ads. Basicamente eu tenho uma equipe de 11 estrategistas de campanha e a gente atende anunciantes com alto potencial.
Temos um modelo de machine learning do Google chamado Assignment Engine que manda contas para entrarmos em contato. Temos diversas métricas para acompanhar e tudo gira em torno de aumentar revenue. Então o anunciante que está anunciando x, no final do trimestre precisa estar anunciando x mais a meta.
Eu faço o controle disso, a gestão dessas pessoas e acompanho todas as métricas para reportar para o Google semanalmente. E eu fui convidado para ser tutor da Sirius! Fui apresentado à turma essa semana e as aulas que vou tutorar são sobre visualização de dados e análise exploratória.
Estou com um friozinho na barriga esperando essa hora chegar. Como tutor, eu estarei ali para ajudar os alunos na jornada deles dentro da Sirius, até porque eu já passei por isso. Então todos têm sinal verde para tirar dúvidas, falar comigo sobre carreiras e processos. Em algumas aulas estarei ali à disposição para acompanhar o que eles estão fazendo e direcionar para eles mesmos a pensarem como podem evoluir.
Foi o que a Sirius fez muito bem com a minha turma! Você perguntava e não tinha resposta pronta, tinha outra pergunta que te induzia a chegar na resposta então sinto que o meu papel é esse aqui também.
10. Você tem uma mensagem para quem quer fazer o curso da Sirius de Web Dev ou Data Science?
Leonardo: Para quem tá entrando agora eu pediria calma, vai dar tudo certo, é super difícil mesmo. Tinha uma placa na Stone que a gente via na parede todo dia “não vai ser bonito nem fácil” porque não é uma coisa super simples de se aprender, é complexo e profundo, mas tem pouca gente fazendo e precisamos de muito mais.
Tem muito valor em cada passo que você aprende, cada dicionário que você conseguiu fazer, cada loop, cada gráfico que você conseguiu visualizar para responder uma pergunta de negócio, valoriza isso!
A gente precisa de mais gente fazendo isso e estão pagando bem para quem faz então, galera, mira nisso daí. Mesmo que você não tenha uma vaga específica numa empresa que você queira, é o conhecimento que vai te levar para frente, mais nada, então vai que vai.
Gostou deste Case Sirius de Sucesso? Agora, saiba o que é, onde estudar e como aprender Data Science do zero!