Os negócios se modificam a todo momento, seja com tecnologias, tendências e produtos ou até mesmo com novos costumes dos consumidores e das empresas. Atualmente, se tem algo que está em alta é o uso da informação para alavancar uma ideia, sendo ela distribuída em diferentes tipos de banco de dados.
Com a grande quantidade de informações disponíveis no mundo, é natural que existam diversos tipos de banco de dados. De acordo com as necessidades e funções esperadas, as empresas lidarão com formas diferentes de acesso e visualização de dados.
Neste texto iremos trabalhar com os tipos de banco de dados, apontando as características que os individualizam. Também iremos ver quais são os mais populares, aqueles que dominam o mercado.
Esperamos que você faça uma boa leitura e conheça os melhores bancos de dados para aperfeiçoar seu trabalho!
O que é um banco de dados?
Antes de irmos direto aos seus tipos, é imprescindível saber o que é um banco de dados. De modo claro, ele é um sistema que coleta, guarda e apresenta informações de forma que possam ser consultadas.
É como se o banco de dados fosse um conjunto dos registros de dados, que deixa as informações armazenadas de forma eficiente para que possam ser visualizadas de modo inteligível. Essa organização possibilita o bom uso destes dados.
É fundamental lembrar que a informação só terá valor para o negócio no momento em que for apresentada de forma que faça sentido. Dados brutos, sem relação entre eles, não são capazes de trazer os insights esperados pelas empresas.
Para finalizar, vamos a um exemplo prático. Imagine que cada roupa que você possui é um dado e seu guarda-roupa é seu banco de dados. Quanto mais organização houver, mais fácil será entender o que tem ali e utilizar as peças da melhor maneira possível.
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Conheça 12 tipos de banco de dados
Com a enorme quantidade de dados, de utilizações e de empresas que temos, é normal que tenhamos formas diferentes de armazená-los e consultá-los.
Cada caso é um caso e, para quem quer ter uma gestão eficiente, é preciso procurar o recurso que melhor se adapta à sua realidade.
É preciso ficar ligado em um detalhe aqui: esses 12 tipos de bancos não são opostos uns aos outros, podendo ter, inclusive, um uso combinado. Se você pesquisar por tipos de dados, certamente achará três resultados diferentes:
- os tipos propriamente ditos, que são os relacionais e não-relacionais;
- algumas características dos bancos de dados que especificam seu uso; e
- os Sistemas de Gerenciamento de Banco de Dados.
Aqui, iremos tratar do segundo tipo, indicando os modelos que possuem características próprias para se destacar em determinadas demandas. Veja agora 12 deles:
1. Bancos de dados relacionais
Sendo o modelo mais utilizado no mercado, ele apresenta as informações no formato de tabelas, com o dado em uma coluna e as descrições em linhas e atributos.
Como tem um formato mais simplificado e bem definido, a localização, carregamento e análise dos dados é feita de forma mais fácil.
Além desse uso descomplicado, os bancos de dados relacionais ainda ganham espaço por trabalhar com a linguagem SQL e por oferecer alta confiabilidade.
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2. Bancos de dados não-relacionais
Fechando a divisão tradicional de bancos de dados, temos agora o não-relacional. Ele trabalha com elementos que não podem ser dispostos em uma tabela, que não cabem em linhas e colunas, como gráficos, imagens e vídeos.
Como você pode imaginar, devido à sua possibilidade de trabalho, ele se torna um tanto mais complexo. O banco de dados não-relacional conta com um sistema de aprovação, que possibilita a identificação do que é mais importante dentro das informações.
Os dados não precisam de um sistema de relacionamento entre eles, o que deixa as alterações, inclusões e exclusões mais fáceis. Sua linguagem é o NoSQL.
3. Bancos de dados orientados a objetos
Assim como o nome indica, esse é um banco de dados que possui uma estrutura orientada a objetos. Deste modo, os dados estão dispostos em blocos de informações com identificadores.
Diferente dos bancos de dados relacionais, não há uma lógica pré-estabelecida aqui, com linhas e colunas formando uma tabela.
As informações são agrupadas em torno de diferentes objetos, cabendo a cada conjunto indicar os seus procedimentos para sua leitura e processamento.
Superando o formato de tabelas, aqui você terá a informação apresentada em caixas com rótulos individuais. Como você deve ter imaginado, este é um modelo não-relacional.
4. Bancos de dados distribuídos
Passando para outro tipo de modelo de característica de um banco de dados, veremos agora o de dados distribuídos. Mais simples para entender, ele é formado por uma rede de nós que se interliga, onde cada parte é um computador em um local diferente.
Essa não é uma característica que se opõe aos modelos anteriores, afinal, ela trata apenas da forma que as informações estão distribuídas.
Geralmente, sua utilização é para uma grande quantidade de dados, como o big data, ou então para garantir mais segurança, deixando os dados mais protegidos de ataques e perdas.
5. Bancos de dados autônomos
O banco de dados autônomo é um modelo mais automatizado, utilizando do machine learning para guardar suas informações. Assim, diversas tarefas, como consultas, segurança, cópias de proteção e outras ficam por conta da inteligência artificial.
Se você está em uma empresa que trabalha com uma fluidez alta de dados, os bancos autônomos são os mais recomendados. Como trabalha com a nuvem, as informações podem ser acompanhadas em tempo real e por uma quantidade grande de pessoas.
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6. Bancos de dados em nuvem
Intimamente ligado ao banco de dados autônomo, o em nuvem é aquele que permite o acesso através de uma plataforma online. As informações estão todas dispostas na internet, onde os servidores remotos mantém o seu armazenamento.
Esse é de fato um serviço, onde uma empresa estabelece um contrato que terá as especificações dos limites de seu banco de dados.
O provedor irá fornecer a quantidade de espaço e velocidade de acesso, além de manipular os dados. É uma boa ideia para quem quer reduzir custos com maquinário e manutenção.
7. Data warehouses
Para quem quer trabalhar com mais possibilidades, o data warehouses pode ser o modelo perfeito. Ele permite integrar os dados, utilizando diferentes fontes para trabalhar com novas análises.
Além disso, com o data warehouses também se tem acesso a um histórico das informações. A quantidade de dados que pode ser trabalhada aqui é enorme, afinal, seu próprio nome já indica um “armazem”.
Outra vantagem é a capacidade de flexibilidade e personalização, podendo gerar relatórios mais eficientes para quem realiza a análise de dados.
8. Bancos de dados gráficos
Trabalhando com muita complexidade, os bancos de dados gráficos fazem diversas relações entre as informações. Deste modo, ele conta com uma estrutura que não poderia se encaixar em tabelas tradicionais, como é nos relacionais.
Aqui, a relação entre os dados é tão importante quanto eles próprios, pois é dela que se retira as informações mais valiosas.
Interligados por meio de gráficos de conexão, é bastante usado em redes sociais, graças ao número alto de ligações entre cada elemento.
9. Bancos de dados OLTP
Com uma atuação específica, os bancos de dados OLTP trabalham com o processamento de dados de transações online.
Para as empresas que trabalham com informação instantânea, que precisam dela para trazer uma resposta, este é o modelo ideal.
Como um exemplo simples, temos os cartões de crédito. Para que tudo funcione perfeitamente, é necessário que o sistema processe as informações de forma imediata, sempre atualizando o saldo de cada conta.
10. Bancos de dados de código aberto
Indo para outra característica, agora ligada ao software, temos o banco de dados de código aberto. Assim como os sistemas operacionais que funcionam deste modo, esse recurso possui a capacidade de ser distribuído, modificado e reutilizado.
Com um código aberto e licença gratuita, ele pode ser usado, baixado, melhorado e compartilhado com outros usuários. A ideia é popularizar seu uso, além de permitir que seu código evolua de forma colaborativa.
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11. Bancos de dados JSON
Extremamente específico, esse é o tipo de banco de dados que guarda e faz consultas em documentos JSON. Ele trabalha com elementos textuais, entretanto, é possível utilizar outros formatos, como BLOB, VARCHAR2 e CLOB para lidar também com imagens.
JSON é uma sigla para JavaScript Object Notation, ou seja, é uma forma de armazenar e deslocar os dados baseada na famosa linguagem. Seu uso é interessante para quem lida diretamente com esse formato.
12. Bancos de dados multi modelo
O banco de dados multi modelo é aquele que une vários tipos em um só back-end.
Ele traz uma flexibilidade bem maior sobre o que pode ser feito, se adaptando melhor às necessidades de cada empresa.
Essa é uma evolução para os bancos de dados, podendo assumir diversas tarefas contando apenas com uma única solução.
Conheça 7 dos bancos de dados mais utilizados
Como você viu, a quantidade de formas de se implementar um banco de dados é bem alta. De acordo com suas demandas, a escolha por características que se adaptam ao que é necessário deve ser tomada.
Como trabalhamos com diversas possibilidades, existem variados exemplos de bancos de dados no mercado. Veja a seguir quais são os principais:
1. Oracle
No nosso primeiro SGBD, temos o Oracle, operado principalmente em SQL. Ele funciona para bancos de dados relacionais, rodando tanto em Linux quanto Windows.
Surgindo em 77, ele evolui muito para chegar no nível que está hoje, oferecendo uma grande gama de funcionalidades. Com uma rápida busca sobre os SGBDs mais utilizados, você verá Oracle sempre no topo das principais listas.
2. MySQL
Ao lado do Oracle nos mais populares, o MySQL também é um modelo relacional, tendo um foco maior no trabalho online. Uma de suas maiores vantagens é ter o código aberto, facilitando na democratização e evolução do banco de dados.
Ganhando muito com a simplicidade do seu uso, ele foi criado pela própria Oracle. O MySQL pode, ainda, ser utilizado com a linguagem PHP, sendo compatível com Linux, MacOS, Solaris, Windows, etc.
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3. SQL Server
Criado pela Microsoft em 1989, o SQL Server utiliza o T-SQL como linguagem. Uma das principais vantagens está na segurança, afinal, trabalha com dados criptografados.
Deste modo, este SGBD é bastante utilizado no meio corporativo e governamental, apresentando, além da segurança, medidas para impedir que a informação seja perdida.
Por ser da Microsoft, oferece compatibilidade com outros aplicativos da marca, principalmente o Excel.
4. NoSQL
Diferenciando da maioria, o NoSQL é um banco de dados não-relacional, criado em 1998. Apesar de poder analisar informações mais complexas, ele ganha bastante espaço por também ter código aberto, atraindo uma comunidade no web development.
Ele traz um formato menos rígido, possibilitando se adaptar melhor às novidades diárias. Além disso, como o nome já indica, ele não está preso ao SQL.
5. PostgreSQL
Também open source e também para bancos de dados relacionais, o PostgreSQL surgiu em 1986. Ele trabalha com foco em plataformas onlines, trazendo recursos extremamente avançados, principalmente para consulta.
6. MongoDB
Trazendo duas diferenças da maioria dos SGBDs, o MongoDB trabalha com banco de dados não-relacionais e com documentos JSON. Sua linguagem é o C++, além de utilizar o JavaScript na parte de pesquisas.
Criado em 2009, ele roda em Linux, OSX e Windows. Possui recursos interessantes, que vão desde o auxílio no big data até um bom trabalho de escalabilidade.
7. DB2
Por fim, temos o SGBD feito pela IBM, o DB2. Ele é um grande destaque em performance, pois, ao mesmo tempo que consegue lidar com grandes quantidades de dados, funciona de maneira rápida e confiável.
Ele é compatível com diversos sistemas, como Linux, Windows, UNIX e z/OS. Trabalhando com inteligência artificial, ele opera em cima de dados relacionais.
Esperamos que você tenha gostado desse texto e conhecido melhor os tipos de banco de dados. Para continuar aprofundando no tema, que tal ler nosso outro artigo sobre Processamento de Dados: o que é, tipos e como se tornar um especialista?