State of Data Brasil: como anda a profissão de cientista de dados?

O mercado de trabalho é um espaço incerto, mesmo que algumas áreas contem com boas previsões. Na tecnologia sempre vemos boas notícias tanto para a atualidade quanto para o futuro.

Mas a área está tão boa assim mesmo? Para trazer números confiáveis sobre o trabalho com dados, foi lançada esse ano a pesquisa State of Data Brasil, que traz importantes indicadores sobre as profissões (cientista, analista e engenheiro) desta área.

Aqui, traremos algumas das informações mais interessantes para que você saiba melhor como andam essas profissões. Passaremos pelos principais pontos do State of Data Brasil, mostrando qual o perfil do trabalhador de dados e mais. Boa leitura!

O que é a State of Data Brasil?

Conhecida como State of Data 2021, esta é uma pesquisa que busca trazer um perfil completo dos profissionais de dados. São demonstradas por ela as características pessoais, profissionais e percepções sobre a área.

A pesquisa foi feita pela Data Hackers, que é a maior comunidade de dados do Brasil, em conjunto com a Bain & Company, que é uma consultora global que ajuda a promover mudanças nos negócios. Ela ocorreu entre 18 de outubro e 6 de dezembro de 2021, tendo sido publicada agora, em 2022.

Com uma aplicação nacional, a pesquisa foi feita com 2.645 profissionais, como analistas, engenheiros e cientistas de dados. Além dos apontamentos sobre o ano passado, é possível encontrar diversos comparativos com a edição anterior, de 2019.

Leia também: Quais as diferenças entre analista de dados e cientista de dados

Quem são os profissionais de dados do Brasil?

Apesar dos diversos programas de inclusão para tornar a tecnologia mais diversificada, o perfil do profissional de dados é bem homogêneo. A maioria das características são compartilhadas por cerca de 80% das pessoas respondentes, mostrando pouca variação.

Quanto ao gênero, no geral, 81,4% são homens. As mulheres estão cada vez em menor número à medida em que os cargos cobram maior tempo de carreira, o que pode ser percebido no gráfico a seguir:

State of Data Brasil: proporções de homens e mulheres na profissão

A área é dominada por pessoas dos 21 aos 40 anos, com 86,3% dos pesquisados. Como já era de se imaginar, à medida que o cargo sobe, mais velho vai se tornando o profissional.

perfil de idade dos profissionais entrevistados

Qual o salário do profissional de dados?

O State of Data Brasil apontou que a remuneração é realmente interessante para o profissional de dados, com um salário que aumenta bastante com o nível do cargo. Enquanto 40,6% dos profissionais júnior ganham de R$ 2.000,00 a R$ 4.000,00, 35% dos gestores conquistam mais de R$ 16.000,00.

perfil salarial dos profissionais entrevistados

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Além da remuneração aumentar à medida em que você vai crescendo na área, ela também teve uma valorização no ano passado. Em comparação aos dados da pesquisa de 2019, houve um aumento de 40% na média salarial dos profissionais de dados. 

Isso quer dizer que se antes tínhamos 59% ganhando até R$ 6.000,00, agora temos 60,9% recebendo mais do que esse valor.

evolução salarial de 2019 para 2021 dos profissionais de ciência de dados

Quais cargos são mais valorizados?

Felizmente, as três carreiras com dados apresentam oportunidades e uma remuneração interessante. Entretanto, existe uma disparidade no salário dos analistas, que recebem menos, enquanto os cientistas e engenheiros possuem um valor aproximado entre eles.

relação entre cargos e salários na área de data science

Mesmo com a remuneração subindo ao passar de júnior para pleno, e depois para sênior, os cientistas e engenheiros de dados seguem recebendo mais que os analistas em todos os níveis. Essa diferença pode ser percebida no próximo gráfico:

relação entre salários, profissões e senioridade

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Como está o trabalho quanto às modalidades presencial, à distância e híbrido?

Com todas as transformações que a pandemia de covid-19 trouxe, uma das principais foi a mudança no nosso modo de trabalhar. Após o isolamento social ser decretado, as empresas precisaram experimentar a modalidade remota, com os profissionais trabalhando de casa.

Na tecnologia, como os serviços são realizados, majoritariamente, com o uso de computadores, manter o trabalho à distância foi possível. O State of Data Brasil indicou que a grande maioria permanece de forma remota, em seguida vem o modelo híbrido com dias flexíveis, exceto para o nível júnior.

State of Data Brasil: regime de trabalho presencial, remoto, híbrido com dias fixos e híbrido com dias flexíveis

Um dado interessante percebido na pesquisa é que a maioria dos profissionais – de todos os níveis – prefere o trabalho híbrido com dias flexíveis. Isso mostra que cada modalidade tem suas vantagens, e a liberdade de escolher quando estar em casa e quando estar na empresa é um forte diferencial.

preferências por regime de trabalho: presencial, remoto, híbrido com dias fixos e híbrido com dias flexíveis

Como é a relação dos brasileiros trabalhando fora do país?

Ainda com um percentual baixo, o número de entrevistados que vivem fora do Brasil corresponde a 1,7%. Na pesquisa, foram indicados 22 países diferentes, sendo os principais Reino Unido (13,6%), Canadá (11,4%), Portugal (11,4%) e Alemanha (6,8%).

Atualmente, trabalhar fora do Brasil é uma boa ideia em geral e, na área de dados, tem se tornado um desejo para muitos. Veja alguns números sobre isso:

  • 64,4% dos profissionais insatisfeitos estão procurando vagas dentro e fora do país;
  • 8,1% dos descontentes com o trabalho buscam por um emprego apenas no exterior;
  • 12,8% dos trabalhadores satisfeitos pesquisam por vagas tanto no Brasil quanto fora; e
  • 9,9% dos satisfeitos procuram apenas por vagas estrangeiras.

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Qual o nível de formação dos profissionais de dados?

O estudo é algo determinante para quem trabalha com dados, sendo a formação para essa área bem alta. Para se ter ideia, 50% dos profissionais possuem pós-graduação, o que vai muito além da média dos brasileiros e dos empregos no país.

Mesmo para cargos de nível júnior, a maioria (37,7%) já finalizou a graduação. Chegando ao nível sênior e gestor, o esperado são profissionais com uma pós-graduação e boa parte com um mestrado.

formação de profissionais por nível de senioridade

Quanto ao curso de formação, o mercado é dominado pelas graduações da área de TI (43,8%) e das Engenharias (com exceção à de Software) que corresponde a 23,7%. Entretanto, outros cursos também aparecem na pesquisa, principalmente no segmento de Economia, Administração, Contabilidade e Finanças, além, é claro, dos demais das Exatas.

área de formação por nível de senioridade

Esperamos que você tenha gostado deste conteúdo sobre a State of Data Brasil. Confira agora tudo o que você precisa saber sobre o Curso Ciência de Dados e qual a melhor opção!

Sirius Educação

Somos uma escola de tecnologia, digital e diferente do tradicional. Permitimos uma jornada de aprendizagem individual, voltada à prática e altamente conectada com o ecossistema de inovação. E o mais importante, temos um olhar humano para o desenvolvimento do aluno ou aluna, empoderando-as para o futuro.

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