Os trabalhos ligados às tecnologias e à internet vem cada vez mais se mostrando como profissões do futuro. Além de ótimos salários, a área apresenta uma grande quantidade de vagas e boas perspectivas, uma vez que a vida digital está crescendo e em constante evolução.
Para quem trabalha com tecnologia ou tem curiosidade sobre o tema, existem alguns conceitos fundamentais. Dentro disso, termos como banco de dados, inteligência artificial e linguagens de programação estão na base do que é visto hoje em dia.
Nesse nosso guia iremos trabalhar com o CSS, uma importante linguagem de estilo para quem quer se aventurar pela construção de sites, aplicativos, animações, etc. Aqui iremos falar como funciona, onde é aplicada, como surgiu e muito mais.
Continue conosco e faça uma boa leitura!
O que é CSS?
De início, precisamos compreender do que se trata nosso tema. O CSS, do inglês Cascading Style Sheets, é traduzido como folha de estilo em cascatas e é uma linguagem que busca deixar mais atrativa e personalizada a formatação e a apresentação das páginas na web.
O CSS dá estilo para as linguagens de marcação, deixando seu conteúdo visual mais agradável. É comum ver páginas que utilizam o XML, HTML ou XHTML os combinar com o CSS, afinal, um site precisa ter um layout interessante e que o diferencia dos demais.
Como o CSS trabalha com a parte visual, ele não é uma obrigação de fato, mas sua utilização é extremamente interessante. Se imaginarmos uma casa, ela servirá ao seu propósito sem estar decorada, entretanto, este não será o ambiente em que as pessoas gostarão de viver. Essa analogia deixa claro a importância desta linguagem para um site.
Qual o histórico do CSS?
Em meados da década de 90, quando a internet estava se desenvolvendo, o HTML era a linguagem de marcação padrão para a apresentação de conteúdos de um site. Entretanto, essa linguagem não é própria para tratar da parte visual dos sites, e a criação de páginas cada vez mais estilosas e variadas estavam trazendo diversas complicações para os programadores, que tinham limitações nesta tarefa.
Em 1995, ao perceber o quão complexas estavam ficando as programações por misturar estrutura com estilo, Håkon Wium Lie chamou Bert Bos para iniciar um novo projeto. Deste trabalho, foi lançado o CSS, em 1996.
O CSS1 foi desenvolvido pela World Wide Web Consortium (W3C), um grupo composto por empresas ligadas à informática que estava surgindo na época. Nos anos seguintes, a linguagem se popularizou bastante, tendo, em 1998, a chegada do CSS2.
Como o CSS foi evoluindo?
Apesar da linguagem, ao chegar, ter revolucionando a criação dos sites, com o passar do tempo era necessário cada vez um pouco mais. À medida que a internet foi ficando mais popular e chegando em um número bem maior de lugares, investir em sites bonitos e diferenciados era fundamental.
Assim, o CSS foi se adaptando para dar sustento às novas tendências visuais e para se tornar mais prático. Apesar de contar com diversas variações ao longo da história, trabalharemos melhor com 4 das mais importantes:
Sass
A falta de padrão no CSS para que as programações ficassem mais organizadas foi a grande motivação para que esse trabalho evoluísse. Surgindo em 2006, o Sass é um pré-processador que tinha a missão de facilitar a aplicação da linguagem.
Traduzido como folhas de estilo sintaticamente incríveis, o Sass dividia os grandes códigos do CSS em agrupamentos menores, trazendo uma organicidade muito necessária para a época. Ele podia pré-processar e trazer uma versão compilada do arquivo, implementando:
- aninhação de seletores;
- variáveis;
- mixins;
- extends;
- lógica.
Leia também: O que é, pra que serve e como aprender a lógica de programação?
BEM
O BEM entra nessa história para melhorar a aplicação do CSS, introduzindo reusabilidade e uma divisão melhor em componentes. Seu nome indica a trinca Bloco, Elemento e Modificador, que diminuía o choque entre as classes, uma vez que os elementos estavam separados em diferentes blocos.
Sobre o BEM, é fundamental lembrar:
- Os blocos são independentes e, por isso, podem ser reutilizados no código;
- Os elementos ficam dentro dos blocos, diminuindo a chance de se repetirem; e
- Os modificadores mexem na aparência, comportamento e estado dos blocos e elementos, tendo um uso opcional.
CSS Modules
O CSS Modules surge entre 2015 e 2016, trazendo a noção de encapsulamento. Essa nova ferramenta começa a trabalhar com os estilos nomeando-os, facilitando a identificação de cada classe.
CSS-in-JS
Aqui temos, finalmente, a aplicação do JavaScript com o CSS, deixando a estilização dos componentes mais funcional. Os arquivos externos, aqui, serão substituídos com o uso do JavaScript.
Você poderá contar com o apoio de uma linguagem de programação que deixa o serviço bem automatizado, além de impedir a colisão de classes. Essa codificação utiliza algumas bibliotecas, sendo as principais:
- Styled Components;
- JSS;
- Emotion;
- Styletron;
- Aphrodite.
Para que serve o CSS?
Inicialmente, pensamos que a grande função do CSS está em customizar as páginas na web, dando personalidade e beleza para elas. E isso não está errado!
Entretanto, a aplicação do CSS pode se dar de várias formas, cabendo ao programador a possibilidade e responsabilidade de ser bastante inventivo em seu serviço. Deste modo, ele pode trabalhar com:
- Animações
Comparada com páginas estáticas, as animações conferem um grande ganho em termos de atratividade e em chamar a atenção do usuário. O conhecimento para aplicá-las deve ser aprofundado, uma vez que elas são mais complexas do que simples elementos visuais inseridos em uma página.
- Efeitos Visuais
Aqui você pode mesclar diversos estilos visuais para enriquecer ainda mais sua página. Os efeitos visuais podem dar profundidade às páginas, deixando o layout mais atrativo e diferenciado, potencializando o acesso dos visitantes a um site bem mais agradável.
- Sites Dinâmicos
Com a combinação de diversos efeitos, é possível produzir sites dinâmicos, isto é, páginas que tenham vida, que ganham movimento à medida que a navegação vai ocorrendo. Para aperfeiçoar este site, temos funcionalidades como:
- contas personalizadas;
- linhas e fontes estilizadas;
- mudanças de cor ao passar o mouse sobre itens;
- páginas responsivas;
- textos que mudam de cor ao passar pela página;
- transições, etc.
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- Landings Pages
Pensando em marketing e comércio feito pela internet, que é com certeza um dos maiores trabalhos das empresas atualmente, é fundamental contar com recursos que captem informações sobre os visitantes. Afinal, eles são possíveis ou atuais clientes de um negócio.
Para de fato se relacionar com o potencial cliente, é imprescindível contar com uma aparência atrativa e completa. Vale a pena investir em formulários e recursos gráficos que se destaquem no site, colocando o CSS, mais uma vez, para aperfeiçoar as páginas web.
Qual é a diferença entre HTML e CSS?
Apesar de terem seus nomes sempre vinculados, não estamos diante de duas linguagens que competem por realizar a mesma tarefa. Aqui temos utilidades complementares, que trabalham juntas para proporcionar sites interessantes, responsivos, organizados e diferenciados.
O HTML, ou Hiper Text Markup Language, é uma linguagem de marcação, enquanto o CSS é uma de estilização. No desenvolvimento web, o primeiro irá atuar com a organização do que será disposto na página, enquanto o segundo vai deixar esse conteúdo com uma aparência melhor, trabalhando na sua customização.
Se imaginarmos uma pessoa, o HTML corresponderia ao seu esqueleto, enquanto o CSS seriam suas roupas e acessórios.
Como o CSS funciona?
Em comparação com as linguagens de programação, o CSS é bem mais simples e leve, proporcionando facilidade para um uso de qualidade. Sua sintaxe de códigos traz as personalizações que serão aplicadas na parte visual de um site, com uma codificação própria.
Os códigos do CSS podem ser inseridos diretamente na programação da página, trabalhando junto com as linguagens de programação e de marcação para trazer o resultado esperado, tanto quanto a sua aparência, organização e funcionalidade. Dito isso, a estilização trabalha em conjunto com os conteúdos que também serão dispostos no site.
Para entender melhor, o CSS trabalha com um seletor e o bloco de declaração. O primeiro indica um elemento da linguagem de marcação, o HTML, enquanto o segundo determina algo que será aplicado a ele.
Para melhor entender isso, veja este exemplo:
<style>
p {
color: green;
text-weight: bold;
}
</style>
Como seletor, temos o ‘p’, que corresponde ao parágrafo já inserido com o trabalho do HTML. Abaixo, aparecem duas declarações: a primeira deixará os elementos, dentro deste parágrafo, verdes e a segunda aplicará o negrito.
Como você pode perceber com o exemplo, é utilizado o idioma inglês no CSS. Mas calma, não é necessário ser fluente na língua. Afinal, aqui serão usados comandos e palavras específicas que, caso você não domine, a prática irá introduzir estes termos no seu dia a dia.
Outras regras que você deve ter percebido:
- os blocos de declaração, após o seletor, devem começar e terminar com chaves ({});
- as declarações são separadas por ponto e vírgula (;);
- a propriedade e o valor atribuído a ela são separados por dois pontos (:).
Por fim, é preciso ressaltar que as linguagens funcionam de forma conjunta, cada qual cumprindo sua função e aperfeiçoando o site de sua maneira. Logo, CSS, HTML e JavaScript andam de mãos dadas para apresentar resultados incríveis.
Quais são os comandos do CSS?
O CSS tem uma sintaxe simples, contando com o seletor e o bloco de declarações. Esse, por sua vez, se divide em propriedade e valor, dando assim os três atributos centrais da nossa linguagem de estilo.
Para relembrar, nossa “fórmula” de sucesso é a seguinte: Seletor {propriedade: valor}.
Entretanto, cada um destes três itens possuem inúmeras variações. Afinal, se estamos esperando por estilo, personalização, diferenciação e um visual atraente, é preciso possibilitar diferentes combinações para termos páginas verdadeiramente únicas.
Vamos ver agora um pouco das opções que temos para aprimorar um site com o CSS?
Seletores
Quando falamos dos seletores, estamos nos ligando aos objetos presentes no HTML (marcação) que serão devidamente customizados. Dentro disso, possuímos diversos tipos, como por exemplo:
- Seletor de elemento
Este é o mais simples, no qual é escolhido um dos elementos do CSS e alguma declaração será feita em cima dele.
- Seletor de ID
Aqui temos a seleção de um item, de forma individual, sem possibilitar que a sintaxe utilizada seja replicada para mais de um elemento. Deve ser utilizado o símbolo # no início.
- Seletor de classe
De forma oposta, agora você pode trabalhar com mais de um elemento presente na mesma página. Com isso, as personalizações podem ser aplicadas em diversos itens ao mesmo tempo, usando o um ponto (.) no começo da sintaxe.
- Seletor de atributo
Agora é selecionado um atributo de algum elemento do HTML, como por exemplo o envio de dados de formulários.
- Seletor por posição
Aqui a seleção é baseada na posição do elemento no documento ou no controle que está inserido.
- Seletor por estado
Seguindo o nome, neste tipo o seletor trabalha com o estado do elemento. Alguns exemplos de estados são: vazio, habilitado, desabilitado, marcado, etc.
- Seletor de agrupamento
Semelhante ao de classe, o seletor de agrupamento permite trabalhar com diversos elementos ao mesmo tempo. Para tanto, é necessário separar cada um por vírgula (,) antes de inserir a propriedade e o valor escolhidos.
Propriedades
As propriedades também formam um grupo extenso de opções, afinal, estão aqui as características dos itens que poderão ser modificados e estilizados. Veremos agora as mais utilizadas:
- color: determina a cor do texto.
- font-family: determina uma lista de fontes para serem usadas no elemento e seus herdeiros
- font-size: usado para escolher o tamanho da fonte.
- font-weight: altera o “peso” da fonte, inserindo, por exemplo, o negrito.
- font-style: muda o estilo, usando, por exemplo, o itálico.
- text-decoration: para a escolha de decoração da fonte, aqui você poderá colocar ou retirar o sublinhado.
- line-height: altera a altura da linha ou da entrelinha.
- text-indent: muda a indentação na primeira linha, afastando ou se aproximando da margem.
- text-transform: para mexer na “caixa do texto”, isto é, o uso de maiúsculas e minúsculas.
- font-variant: trabalha com a variante da fonte.
- word-spacing: usado para escolher o espaçamento entre as palavras.
- letter-spacing: semelhante à anterior, agora o que é modificado é o espaçamento entre as letras.
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Valores
Por fim, os valores trarão o que será aplicado para cada propriedade. De início, pensamos em coisas mais básicas, como red, green e blue em color, ou números para determinar diversas propriedades.
Entretanto, existem algumas unidades de valores que terão um uso maior e às vezes não sendo tão instintivos. Para estes, é interessante conhecê-los inicialmente. Veja alguns agora:
- px
Para demonstrar o tamanho em pixels. Temos como exemplo, {font-size: 10px}.
- em
Também utilizado para indicar tamanhos, mas baseado no padrão do dispositivo. Se, por exemplo, for escolhido 3em, estaremos tratando de uma fonte com três vezes o tamanho padrão.
- Hexadecimal
Com o uso de 16 símbolos (10 números e 6 letras), o sistema hexadecimal estabelece um código para a aplicação de diferentes valores de cores. Eles é formado pelo símbolo #, seguido de três pares de caracteres, usando de 0 a 9 e ‘a’ a ‘f’.
Cada par de caracteres corresponde a variação de vermelho, verde e azul presente na cor escolhida. Se nós quisermos o máximo de verde e nenhuma tonalidade de vermelho e azul, iremos aplicar #00ff00.
Como inserir o CSS nos sites?
Após aprender um pouco da função e da formatação de nossa linguagem de estilo, você certamente começa a pensar como o CSS entrará na página desenvolvida. Para isso, existem três formas, que devido às suas vantagens e desvantagens, serão melhores aplicadas em momentos diferentes.
Seguindo qualquer um dos três modelos, interno, externo e inline, você poderá contar com a mesma customização de sua página, ficando a seu cargo escolher como fará isso de acordo com sua preferência e o trabalho que cada uma dará. Vejamos agora cada um destes modelos:
Interno
Como o próprio nome já indica, o CSS Interno, também conhecido como incorporado, será inserido no documento HTML. Dentro da seção <head>, deverá ser incluído a tag <style> para que sua personalização seja realizada.
Esse método é interessante se for estilizada apenas uma página, pois se torna cansativo essa repetição de trabalho para várias. Além disso, estando tudo junto, a visualização do que foi feito se torna bem mais interessante.
Entretanto, existe uma outra desvantagem. Como os códigos estarão juntos, o tamanho da página irá aumentar, o que poderá fazer com que seu tempo de carregamento seja maior.
Externo
Também sem muito segredo, nesse estilo de CSS iremos contar com um documento próprio, um arquivo .css criado em um editor de texto qualquer em seu dispositivo. Essa linguagem será depois anexada ao arquivo HTML, customizando-o.
Aqui temos 3 vantagens que fazem o CSS Externo ser o mais utilizado:
- o código HTML contará com uma estrutura mais simples e “limpa”;
- por ser menor o documento, as páginas poderão carregar mais rápido;
- o uso do arquivo .css, como é externo, pode ser usado em diversas páginas.
Esse método pode não ser interessante para quem gosta de trabalhar com um documento só, sendo importante cada um avaliar como se adapta e se organiza neste sentido. Por fim, se o código CSS demorar a carregar, a página, mesmo carregada, pode ser processada de forma errônea.
Inline
Nesse nosso último estilo, o código CSS será aplicado em um único elemento do HTML. Esse tipo “em linha” se aproxima um pouco do estilo Interno, pois é introduzido também dentro do código principal com a tag <style>.
O CSS Inline será bem útil para realizar pequenas alterações, ou até mesmo testes rápidos no estilo da página. Entretanto, ele não se torna nada prático ao ser realizado por todo o documento, dando um trabalho bem mais extenso.
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Quais são as vantagens do CSS?
Apenas o fato do CSS dar estilo à uma página já é motivo o bastante para utilizá-lo, afinal, ter uma página interessante é um requisito básico para o sucesso. Mesmo sem conhecer a linguagem, qualquer pessoa certamente irá perceber a diferença entre um site que a utiliza e outro que não, dando a esse segundo um aspecto bem mais primitivo.
Enriquecer o visual da página é o objetivo final e, com ele, diversos outros benefícios poderão ser percebidos. Veja conosco as principais vantagens de utilizar o CSS no HTML:
- Controle de layout com um único arquivo
Usando o CSS podemos criar um código e aplicar para diversas páginas. Essa reutilização é uma característica central desta tecnologia e demonstra uma capacidade multifuncional.
- Códigos mais organizados
A separação entre HTML e CSS torna o código de ambos mais simples e “limpo”. Além disso, como você pode ver na evolução, o CSS foi se adaptando às novas demandas da internet e se tornando cada vez mais prático e funcional.
- Mudanças descomplicadas
Quando conta com um documento diferente, os estilos podem ser mudados de forma rápida e simples. É também valioso que essas mudanças não atrapalhem o conteúdo do arquivo.
- Carregamento mais rápido das páginas
Como já havíamos dito, se aplicarmos um mesmo código, as páginas irão carregar com maior velocidade. Isso garante uma economia no consumo de internet.
- Layouts responsivos em diversos navegadores
Ao produzir um código em CSS, ele estará habilitado a operar para diversos navegadores. Imagine o quão complicado seria criar todo o trabalho de estilização do zero para cada tipo de browser.
Como está o mercado para a área do CSS?
Se você tem medo de pular de cabeça na aprendizagem desta importante linguagem de estilo por causa do mercado de trabalho, pode ficar tranquilo. As opções são variadas, em grande quantidade e com boas perspectivas para o futuro.
Se você pensa em se tornar um desenvolvedor web, saber utilizar o CSS é imprescindível. Essa área, assim como a maioria das que trabalham com tecnologia e internet, tem uma forte inserção hoje em dia e um potencial muito grande para continuar evoluindo rápido e trazendo novidades.
O principal aqui é se preparar e focar nos estudos. Afinal, mesmo com muitas vagas, as melhores empresas irão procurar por profissionais capacitados e competentes, que estejam sempre procurando mais conhecimento e que enriqueçam o currículo.
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